Brasil
e Estados Unidos assinaram domingo (8/03), no estado Americano da Flórida, um
acordo na área militar para desenvolvimento de projetos futuros. O Acordo de
Pesquisa, Desenvolvimento, Teste e Avaliação (RDT&E, sigla em inglês) vai,
segundo o Ministério da Defesa (MD), abrir caminho para aperfeiçoar ou prover
novas capacidades militares. É, segundo o ministério, um acordo que baliza os
acordos posteriores entre os dois países.
“O
RDT&E é um passo inicial para que Brasil e EUA desenvolvam projetos
conjuntos na área de Defesa. […] Cada acordo de projeto que venha a ser
desenvolvido pelas partes deverá ser executado em consonância com os termos do
RDT&E, assim como as respectivas Leis e regulamentos nacionais de cada
parte”, afirmou o MD, em nota.
O
governo brasileiro espera facilitar seu acesso ao mercado norte-americano na
área de defesa, bem como facilitar a entrada de produtos brasileiros em outros
28 países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). A OTAN é uma
aliança militar intragovernamental da qual o Brasil não faz parte, mas em
agosto do ano passado, os Estados Unidos designaram o Brasil como aliado
militar preferencial do país fora dessa aliança.
“É
uma afirmação dos fortes laços existentes entre as nossas Forças Armadas, laços
que continuam crescendo. Assinamos um acordo histórico esta manhã, que abre
caminho para um compartilhamento e desenvolvimento ainda maior. Hoje discutimos
sobre oportunidades e ameaças que minam a democracia e a estabilidade nos
Estados Unidos e no Brasil”, disse o Almirante de Esquadra da Marinha Americana,
Craig Feller, após a assinatura do acordo.
Em
seu discurso, o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, seguiu na mesma
linha e exaltou a parceria com o país norte-americano.
“Temos
os Estados Unidos como um parceiro importante. Estivemos juntos pela democracia
e liberdade na Segunda Grande Guerra e hoje estamos discutindo aspectos do
ambiente regional. [...] Hoje mais um acordo inédito que assinamos com os
Estados Unidos, e que poucos países têm, para o desenvolvimento na área de
defesa, pesquisa, tecnologia, testes, avaliação e desenvolvimento nos aspectos
que concernem a defesa”.
A
assinatura do acordo ocorreu durante a visita do presidente Jair Bolsonaro ao
Comando Militar do Sul, responsável por coordenar as operações militares dos
Estados Unidos no Caribe, Centro e América do Sul. A previsão é de que
Bolsonaro permaneça nos Estados Unidos até terça-feira (10/03).
Integram
a comitiva brasileira, além do presidente e assessores próximos, os ministros
Ernesto Araújo (Relações Exteriores), Fernando Azevedo e Silva (Defesa) e
Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), além do deputado federal
Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que escreveu, no Twitter, que “Brasil e EUA, antes
de mais nada, trabalham para serem países prósperos, apostando no livre
mercado, num Estado menor, apoiando a legítima defesa através de armas e
respeitando os valores judaico-cristãos da maioria de nossas sociedades.”
(ABr)
Domingo,
08 de março, 2020 ás 18:00
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