Segundo
reportagem do Jornal O Globo, a Pastoral Carcerária Nacional, (Ala esquerdista
da igreja) preocupada com a saúde e bem-estar dos presidiários, divulgou na
sexta-feira (13/03) carta aberta à população para exigir medidas concretas,
como a soltura de pessoas presas, para evitar uma epidemia do novo coronavírus
dentro das prisões brasileiras.
A
Pastoral da Igreja Católica cita como exemplo o Irã. Lá, 120 mil detentos foram
libertados desde o início da crise. Entre os critérios usados para liberação no
Irã estão resultado negativo no exame e penas menores do que cinco anos. Hoje,
o juiz titular da Vara de Execuções Penais do Rio, Rafael Estrela, suspendeu a
saída de presos das cadeias até o próximo dia 21. Os detentos não poderão
deixar as unidades para trabalhar, visitar a família ou estudar. As visitas das
unidades prisionais também foram suspensas pelo governo do estado.
Segundo
a entidade, se o vírus se espalhar pelas prisões brasileiras, “as consequências
serão desastrosas”, pois os detentos possuem imunidade muito baixa por conta
das condições degradantes existentes a que estão submetidos e muitos presos
provavelmente viriam a entrar em óbito pela gravida da doença.
A
pastoral denuncia que até o momento, o poder público não adotou medidas
efetivas de prevenção. De acordo com a instituição, as ações se limitam a
suspensão das visitas, maior limpeza das celas, com fornecimento de produtos de
limpeza aos presos, distribuição de cartilhas informativas para agentes
penitenciários e triagens médicas nos presos.
“De
nada adianta celas mais limpas, se estas ainda continuam superlotadas, se os presos
não têm materiais de higiene, tem pouco tempo de banho de sol, há racionamento
de água na unidade, alimentação precária, além das torturas físicas e
psicológicas – condições constantes nas unidades prisionais de todo o país”,
afirmam.
“O
combate efetivo à contaminação do vírus – e a todas as outras doenças que
acometem os presos – é o combate às estruturas torturantes do cárcere. No Irã,
por exemplo, já que a superlotação e o agrupamento de pessoas é o principal
catalisador da contaminação, mais de 120 mil presos foram libertados, como
medida preventiva”
Em
quanto isso, recomenda-se a população para que evitem aglomerações, e não saiam
de casa. Imaginem, o governo abrindo as portas dos presídios federais ontem
estão os piores bandidos.
Sábado,
14 de março, 2020 ás 20:00
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