A
ex-presidente Dilma Rousseff foi notificada a depor em ação penal aberta pelo
juiz federal Sérgio Moro, dos processos da Operação Lava Jato, em Curitiba,
como testemunha de defesa do empreiteiro Marcelo Bahia Odebrecht.
O
dono do Grupo Odebrecht - preso desde 19 de junho de 2015, em Curitiba - é réu
no processo, acusado de pagar propina para o ex-ministro Antonio Palocci. Novo
delator da Lava Jato, Odebrecht arrolou a ex-presidente como testemunha de
defesa.
Dilma
terá que comparecer na sala de videoconferências da Justiça Federal, em Porto
Alegre, no dia 24, para ser ouvida por Sérgio Moro - será a primeira vez que
ela fala ao juiz da Lava Jato.
No
ano passado, quando ainda era presidente, Moro havia determinado que ela fosse
ouvida por escrito.
"(Dilma)
Será ouvida na qualidade de testemunha arrolada pela Defesa de Marcelo Bahia
Odebrecht, acerca dos fatos narrados na denúncia oferecida pelo Ministério
Público Federal", informa o mandado de notificação, da 13ª Vara Federal de
Curitiba.
A
oficial de Justiça Mirian Barbosa registrou em certidão, anexada nesta
terça-feira, 7, no processo que conseguiu no dia de ontem notificar a
ex-presidente.
Identificado
nas planilhas da propina da Odebrecht como "Italiano", segundo a Lava
Jato, um registro do Setor de Operações Estruturadas da empresa registra R$ 128
milhões de valores devidos ao ex-ministro - que está preso desde setembro de
2016, em Curitiba.
A
ex-presidente Dilma não é alvo de nenhum processo da Lava Jato, em Curitiba. As
planilhas de pagamentos a Palocci, no entanto, indicam o "Evento14"
como possível referência às despesas de campanha de reeleição da petista, em
2014. (AE)
Quarta-feira,
8 de fevereiro de 2017 ás 10hs30
TEMER E MACRI CRITICAM
PROTECIONISMO E MIRAM COMÉRCIO COM O MÉXICO
Os
presidentes de Brasil e Argentina, Michel Temer e Mauricio Macri, afirmaram
após encontro em Brasília na terça-feira (7/02) que vnao trabalhar para
"dar um impulso" ao Mercosul e aproximar-se dos países que fazem
parte da Aliança do Pacífico, especialmente do México. Sem citar o presidente
dos Estados Unidos, Donald Trump, Temer e Macri concordaram que a "mudança
de cenário" fará o México "olhar para o sul com mais decisão".
De
acordo com nota divulgada pelo Palácio do Planalto, as nações assumiram
compromisso de se afastar de "nacionalismos exacerbados e pressões
protecionistas em todas as dimensões: política, econômica, científica e
tecnológica". "Nossa resposta a tendências isolacionistas deve ser
mais integração. A aliança estratégica Brasil-Argentina constitui, para nós,
imperativo do desenvolvimento", destacou Temer.
Macri,
por sua vez, pediu um reforço na "aliança" entre os dois países e que
a a "rivalidade" entre as duas nações "deve ficar para o
futebol, no resto, somos sócios".
"Que 2017 seja um ano de virada positiva para o crescimento e para
o desenvolvimento dessa aliança estratégica. Temos que ser aliados do século 21
para encarar o fortalecimento interno do Mercosul e sua relação com o
mundo", afirmou o argentino em declaração conjunta.
O
presidente brasileiro lembrou que ambos os países enfrentam desafios
semelhantes, como a urgência do crescimento econômico e geração de empregos. Ao
falar sobre os desafios econômicos, Temer ressaltou as "crescentes"
relações comerciais entre as duas nações, além da retomada da
"regularidade e a qualidade do diálogo entre nossos governos". Vale
lembrar que esta foi o segundo encontro dos dois presidentes em cerca de seis
meses.
Segundo
dados do governo brasileiro, a soma das exportações e importações entre o
Brasil e a Argentina em 2016 atingiu US$ 22,5 bilhões, com superávit de US$
4,333 bilhões para o Brasil.
Acordos
Temer
e Macri assinaram acordos em diplomacia, comércio e saúde, segundo informou o
Planalto. O primeiro foi assinado entre a Agência Brasileira de Promoção de
Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e a Agência Argentina de
Investimentos e Comércio Internacional, que tem como objetivo iniciativas de
cooperação e o intercâmbio de publicações e informações sobre os mercados.
Outro
documento decorrente do encontro foi uma carta endereçada ao presidente do
Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) pedindo um de estudo sobre a
"viabilidade de uma agência de convergência regulatória de Brasil e
Argentina". (Com Ansa)
Quarta-feira,
8 de fevereiro de 2017 ás 10hs30
Nenhum comentário:
Postar um comentário