A
deputada federal Norma Ayub (DEM-ES) informou neste sábado (6/04) que
solicitará uma audiência com o ministro da Justiça, Sergio Moro, para
esclarecer o acesso de funcionário da Receita Federal a dados pessoais do presidente
da República Jair Bolsonaro (PSL).
A
Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão para apurar a motivação
da consulta às informações sigilosas da família do presidente. A Receita
Federal, que não informou os nomes dos investigados, disse que “não havia
motivação legal” para o acesso.
Nas
redes sociais, na sexta-feira (5/04), Bolsonaro disse que dois funcionários
“acessaram ilegalmente” dados sigilosos sobre a sua família. “Procuravam algo
para vazar e me incriminar por ocasião da eleição”, escreveu.
Um
dos servidores investigados por consultar dado do presidente é Odilon Alves,
irmão da parlamentar, que prestou depoimento à Polícia Federal na quinta-feira
(4/04). Segundo ela, houve um “mal-entendido”, já que o agente administrativo é
eleitor de Bolsonaro.
“Eu
estou pedindo uma audiência com o ministro Sergio Moro para explicar o
ocorrido. Houve um mal-entendido. Ele é Bolsonaro, minha família é Bolsonaro.
Eu fiz campanha para o presidente”, disse à reportagem.
‘Quis
saber idade’
De
acordo com ela, o servidor fez a consulta por curiosidade, uma vez que queria
saber a idade do presidente. Ela ressaltou que o depoimento prestado por ele à
Polícia Federal foi tranquilo.
“Ele
é uma pessoa tranquila e ingênua. É um homem infantil que gosta do presidente e
consultou por curiosidade”, disse.
O
advogado do servidor, Yamato Ayub, que também é irmão dele, disse que ele
acessou apenas informações gerais sobre o presidente, como nome, idade e
endereço, não pesquisando dados como despesas ou receitas.
“Foi
sem maldade. Não teve quebra de sigilo ou vazamento de informações”, afirmou,
ressaltando que o acesso ocorreu em 30 de outubro, após o segundo turno.
Em
fevereiro deste ano, a Receita Federal também notificou a Polícia Federal após
o vazamento de ações de fiscalização sobre autoridades.
O
pedido foi feito após vir a público a informação de que teria sido aberta
investigação sobre o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes e
sua esposa, Guiomar Mendes. (FolhaPress)
Sábado,
06 de abril, 2019 ás 15:29
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