Em
participação no canal do youtube MyNews com jornalistas de renome, o Deputado
Federal Delegado Waldir comparou Lula a Bolsonaro, ventilou a ideia de
recandidatura do presidente em 2022, negou que o Bolsonaro adote um tom
autoritário e pôs o ministro Sérgio Moro como mais “forte” que Bolsonaro,
dentre outras declarações, por vezes tropeçando em palavras.
O
líder do PSL na Câmara dos Deputados falou que no governo Bolsonaro “reduzimos
empregos” e comentou sobre o “pacote anti-moro”, embora sua intenção tenha sido
outra.
Ao
longo de uma hora, o bate-papo com os jornalistas Pedro Doria, Mara Luquet,
Mariliz Pereira Jorge e o publicitário Antonio Tabet lhe rendeu algumas
risadas, controvérsias e cerrou opiniões sobre temas atuais no Brasil. Ao passo
que Pedro Dória comentava sobre práticas de nepotismo do presidente, como usar
avião da FAB para transportar sua família a um casamento, o deputado saiu em
defesa de seu correligionário, alegando que a Lei permite, embora ela, de fato,
não permite.
No
que tange ao tom rude do presidente em seu relacionamento com a imprensa,
Waldir disse que Bolsonaro joga a isca e a imprensa morde. Quando questionado
sobre as polêmicas criadas pelo presidente que lhe rende manchetes nos jornais
acirrando ânimos, em vez de tentar unificar o país, Waldir disse que Bolsonaro
“governa para o Brasil, mas no discurso ele fala para a direita, que são os
cristãos, forças policiais e do agronegócio, para o nosso eleitorado, vai para
esse embate, porque esse diálogo não agrada vocês, mas agrada o nosso
eleitorado. Esse embate… não temos que preservar esse eleitorado…” declarou,
comparando tal maneira de governar à era Lula e que, por isso, Bolsonaro e Lula
seriam semelhantes.
Sobre
os altos e baixos que o juiz Sérgio Moro vem enfrentando desde que assumiu o
Ministério da Justiça, inclusive dando sinais de desgaste de sua relação com Bolsonaro,
o deputado ameniza e defende que “Moro tem mais credibilidade, mais força do
que Bolsonaro”. Segundo ele, só há dois caminhos possíveis para Moro num futuro
próximo: a Presidência da República ou uma cadeira no STF.
Quando
questionado sobre traços indecorosos do presidente, o deputado quase sempre
respondia com um “o Lula também fazia isso”, como que justificando atitudes
erradas do presidente atual como sequência de uma presidência póstuma,
enterrada há anos e sem dar sinais de retorno.
"Não
precisamos de esmolas"
Sobre
a preocupação internacional com a escalada do desmatamento na Amazônia que
culminou com o cancelado de R$ 150 milhões doados pela Alemanha e Noruega, o
deputado falou que "não precisamos de esmola".
Mesmo
depois de ter vencido, Waldir ainda carrega consigo o tom de combate ao inimigo
que inflou as discussões políticas nas últimas eleições. Com o PT esfacelado e
a esquerda com pouquíssimas perspectivas de reação, a extrema direita perdeu
seu trampolim. Agora ela compra briga com fantasmas enquanto debates realmente
cruciais ao país parecem estagnados em segundo plano.
Já
sobre as cisões entre os próprios parlamentares do PSL, Waldir disse que está
acima das “mosquinhas” que se deflagram entre si, como declarou a deputada
Joice Hasselmann (PSL). “Sou a águia a serviço de Bolsonaro”, disse, afirmando
ser o supervisor que media e tenta manter o equilíbrio da base. (Poder Goiás)
Quinta-feira,
15 de agosto, 2019 ás 11:00
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