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quinta-feira, 15 de agosto de 2019

“Moro tem mais credibilidade e mais força do que Bolsonaro”




Em participação no canal do youtube MyNews com jornalistas de renome, o Deputado Federal Delegado Waldir comparou Lula a Bolsonaro, ventilou a ideia de recandidatura do presidente em 2022, negou que o Bolsonaro adote um tom autoritário e pôs o ministro Sérgio Moro como mais “forte” que Bolsonaro, dentre outras declarações, por vezes tropeçando em palavras.

O líder do PSL na Câmara dos Deputados falou que no governo Bolsonaro “reduzimos empregos” e comentou sobre o “pacote anti-moro”, embora sua intenção tenha sido outra.

Ao longo de uma hora, o bate-papo com os jornalistas Pedro Doria, Mara Luquet, Mariliz Pereira Jorge e o publicitário Antonio Tabet lhe rendeu algumas risadas, controvérsias e cerrou opiniões sobre temas atuais no Brasil. Ao passo que Pedro Dória comentava sobre práticas de nepotismo do presidente, como usar avião da FAB para transportar sua família a um casamento, o deputado saiu em defesa de seu correligionário, alegando que a Lei permite, embora ela, de fato, não permite.

No que tange ao tom rude do presidente em seu relacionamento com a imprensa, Waldir disse que Bolsonaro joga a isca e a imprensa morde. Quando questionado sobre as polêmicas criadas pelo presidente que lhe rende manchetes nos jornais acirrando ânimos, em vez de tentar unificar o país, Waldir disse que Bolsonaro “governa para o Brasil, mas no discurso ele fala para a direita, que são os cristãos, forças policiais e do agronegócio, para o nosso eleitorado, vai para esse embate, porque esse diálogo não agrada vocês, mas agrada o nosso eleitorado. Esse embate… não temos que preservar esse eleitorado…” declarou, comparando tal maneira de governar à era Lula e que, por isso, Bolsonaro e Lula seriam semelhantes.

Sobre os altos e baixos que o juiz Sérgio Moro vem enfrentando desde que assumiu o Ministério da Justiça, inclusive dando sinais de desgaste de sua relação com Bolsonaro, o deputado ameniza e defende que “Moro tem mais credibilidade, mais força do que Bolsonaro”. Segundo ele, só há dois caminhos possíveis para Moro num futuro próximo: a Presidência da República ou uma cadeira no STF.

Quando questionado sobre traços indecorosos do presidente, o deputado quase sempre respondia com um “o Lula também fazia isso”, como que justificando atitudes erradas do presidente atual como sequência de uma presidência póstuma, enterrada há anos e sem dar sinais de retorno.

"Não precisamos de esmolas"

Sobre a preocupação internacional com a escalada do desmatamento na Amazônia que culminou com o cancelado de R$ 150 milhões doados pela Alemanha e Noruega, o deputado falou que "não precisamos de esmola".

Mesmo depois de ter vencido, Waldir ainda carrega consigo o tom de combate ao inimigo que inflou as discussões políticas nas últimas eleições. Com o PT esfacelado e a esquerda com pouquíssimas perspectivas de reação, a extrema direita perdeu seu trampolim. Agora ela compra briga com fantasmas enquanto debates realmente cruciais ao país parecem estagnados em segundo plano.

Já sobre as cisões entre os próprios parlamentares do PSL, Waldir disse que está acima das “mosquinhas” que se deflagram entre si, como declarou a deputada Joice Hasselmann (PSL). “Sou a águia a serviço de Bolsonaro”, disse, afirmando ser o supervisor que media e tenta manter o equilíbrio da base. (Poder Goiás)

Quinta-feira, 15 de agosto, 2019 ás 11:00



 


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