Uma
das mais antigas “leis não escritas” da política prevê que nada melhor que a
expectativa de poder, assim como nada é pior que mandatos em vias de expirar,
cujos titulares já não conseguem nem mesmo tomar cafezinho quente. Certamente
por isso, o líder do PMDB Eunício Oliveira (CE), virtual presidente do Senado a
partir de 1º de fevereiro, transformou-se no mais requisitado interlocutor do
Planalto nas articulações para aprovar PEC 55, que limita os gastos públicos. O
Planalto mantém interlocução com Eunício Oliveira porque caberá a ele, já no
início da sua presidência, liderar a reforma da Previdência. Eunício está
afinado com o presidente Michel Temer e concorda com todas as premissas do
governo para aprovar medidas saneadoras. Político na iminência de poder, como
Eunício, têm só uma dificuldade: conseguir pôr a mão em maçanetas para que as
portas se abram. Os amigos de Eunício Oliveira contam os dias que faltam para
sua eventual eleição como presidente do Senado.
‘RECALL’ DE DELATOR NÃO ELIMINA SUSPEITA DE
PROPINA
A
defesa de Dilma Rousseff comemorou o “recall” do depoimento de Otavio Azevedo,
ex-presidente da empreiteira Andrade Gutierrez, afirmando que sua doação foi “espontânea”
e não propina. Os advogados petistas exultaram, afirmando que “caíram por
terra” todas as suspeitas de dinheiro sujo na campanha presidencial do PT.
Menos, rapazes, menos. Há denúncias com o mesmo teor de outros delatores.
DINHEIRO ROUBADO
Chefe
do cartel de empreiteiras, Ricardo Pessoa (UTC) contou ao MPF que dinheiro
roubado da Petrobras abasteceu a reeleição de Dilma.
PROBLEMA BEM MAIOR
Em
depoimento, Pessoa contou haver ordenado depositar R$5 milhões para a campanha
de Dilma, e avisou: “O problema é bem maior”.
DELAÇÃO DEVASTADORA
As
delações da Odebrecht também reafirmam “doações” à campanha de Dilma de
dinheiro obtido em contratos com o governo federal.
MANDOU BEM
O
presidente Michel Temer foi muito cumprimentado pela escolha do pernambucano
Roberto Freire, deputado pelo PPS-SP – admirado por sua cultura, experiência e
lealdade – como ministro da Cultura.,
SILÊNCIO ENSURDECEDOR
Cresce
a suspeita de que o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) ajudou ou conheceria a
intenção do grupo que depredou a Câmara e invadiu o plenário, pedindo
“intervenção militar”. Ele estava fora de Brasília e não fez declarações em
defesa da própria instituição.
POSE EM EXCESSO
Aliados
estão achando Rodrigo Maia “muito arrogante”, para quem pretende mudar as
regras e ser reconduzido à presidência da Câmara, em 2017. Alguns já afirmam
que não o apoiarão mais.
DOIS BICUDOS
O
deputado Betinho Gomes (PSDB-PE) afirma que não há conversa possível com o
governador Paulo Câmara, que brigou com os tucanos durante as eleições do
Recife. “Deveremos ficar independentes”, diz.
PAÍS RICO
A
Câmara do DF está longe de ser o maior legislativo estadual do País, mas seu
orçamento anual supera até a Assembleia de São Paulo (Alesp). No DF, cada 24
deputados custa quase R$10 milhões por ano.
MORANDO BEM
A
Câmara gastou, em outubro, R$ 698 mil com o auxílio moradia a 93 deputados
federais. Os outros moram em luxuosos apartamentos em áreas nobres de Brasília
– cada unidade custa R$ 2,5 milhões.
EXPOSIÇÃO INCOMUM
Ministros
de tribunais superiores, em Brasília, estranharam e acham que deveria ser
investigada a incomum exposição de Garotinho, da sua prisão ao piti na
ambulância, praticamente transmitidos ao vivo pela TV.
EFEITO TRUMP
Na
Conferência Mundial do Clima (COP-22), em Marrakesh, Ricardo Tripoli (PSDB-SP)
disse que o assunto dominante foi a eleição de Donald Trump. Segundo ele,
líderes mundiais estão preocupados.
Domingo, 20 de Novembro de 2016
Nenhum comentário:
Postar um comentário