Em
maio de 2015, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), entrou com
mandado de segurança na Justiça Federal para tentar impedir a Polícia Federal
de investigar o Senado e limitar investigação de casos criminais à “polícia” Legislativa.
A Justiça rejeitou e o Senado recorreu ao TRF da 1ª Região. Perdeu mais uma vez
e foi obrigado a compartilhar todas as informações solicitadas pela Polícia
Federal. A confusão teve início em novembro de 2014, após a PF pedir cópia da
íntegra da licitação milionária do circuito fechado de televisão, de 2011. A
empresa vencedora do processo foi a goiana Multidata, que depois ainda seria
contratada para planejar, instalar e manter o sistema. A Multidata recebeu mais
de R$ 5 milhões só em um dos contratos com o Senado. E ganhou seis suspeitíssimas
prorrogações de contrato. A prisão de “policiais” legislativos na Lava Jato
reviveu o imbróglio, mas o STF já havia decidido: a PF pode, sim, investigar o
Senado.
PARTIDOS FATURAM R$ 615
MILHÕES DO TESOURO
Enquanto
o governo Michel Temer considera prioridade absoluta limitar os gastos
públicos, os partidos políticos aproveitam a herança maldita do governo gastão
da ex-presidente Dilma. De janeiro a outubro, os 35 partidos dividiram o butim
de R$ 615 milhões, por meio do Fundo Partidário. O valor chegará a R$ 900
milhões até o fim do ano. Punido nas urnas, este ano, o PT foi o que mais
faturou: R$ 81,73 milhões. O PSDB rivaliza com o PMDB na partilha do Fundo
partidário: R$67,36 milhões para os tucanos, R$65,67 milhões para os
peemedebistas. Como os políticos acham pouco, vão fazer o fundo partidário
bater do bolso dos cidadãos cerca de R$1,5 bilhão em 2017, ano sem eleições. Vem
aí um fundo eleitoral, de R$3 bilhões, para tirar do bolso do eleitor o
financiamento de campanhas de políticos como Renan, Cunha etc.
PRENDEMOS MUITO E MAL
Dados
do Ministério da Justiça apontam o crescimento de 67% da população carcerária
brasileira, entre 2004 e 2014 (622 mil). Estamos atrás apenas dos Estados
Unidos, da China e da Rússia.
BOLA DIVIDIDA
Aécio
Neves articula a eleição do senador Cássio Cunha Lima para a presidência do
PSDB. Cássio diz que não será candidato se houver disputa. O governador Geraldo
Alckmin quer um aliado no cargo.
TREINO É TREINO, JOGO É JOGO
A
política externa é definida por Michel Temer e pelo chanceler José Serra, mas a
orientação geral do presidente, no caso da eleição de Donald Trump, foi seguir
os caminhos apontados pelo Itamaraty.
AGORA É TARDE
Têm
comovido os meios jurídicos relatos sobre o esforço da mulher do doleiro Lúcio
Funaro, preso na Papuda, para explicar à filha pequena a ausência do pai. “Ele
deveria ter pensado nisso antes”, disse um juiz.
PAGUE SUA CONTA, DEPUTADA
Eleita
em Lauro de Freitas (BA), Moema Gramacho (PT) ganha R$ 33,7 mil por mês, como
todo deputado, mas não quis gastar nem R$ 5,90 de um pão de queijo e um café
com leite. Pagou com dinheiro público.
UNANIMIDADE
O
leitor Elvanio Leite identificou em Venda Nova do Imigrante (ES) o campeão de
votos. Brás Delpupo foi eleito prefeito com votação rara até mesmo em ditaduras
como a Coreia do Norte: 99,1%.
USURPAÇÃO
Após
tentarem dirigir a Polícia Civil do DF, definindo quem trabalha e quem se
demite, sindicalistas são acusados de usar a corporação em eventos, como um
debate promovido pela Associação Comercial. Inquérito deve apurar as
responsabilidades criminais.
Sábado,
12 de novembro, 2016
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