Se
Renan Calheiros quisesse mesmo enfrentar marajás do serviço público, deveria
começar pelo próprio Senado que preside. Os políticos da Câmara e do Senado
custam em média mais de R$176 mil por mês, entre salários e penduricalhos como
verbas de gabinete, passagens aéreas, auxílio moradia e o direito de ressarcir
qualquer despesa. Os 81 senadores e suas estruturas custarão R$171 milhões em
2016.
RETALIAÇÃO
A
iniciativa de Renan Calheiros foi interpretada como vingança de procuradores
que o investigam e de magistrados que os autorizam.
TETO DESRESPEITADO
Senado
e Câmara é onde menos se respeita o teto constitucional, diz Roberto Veloso,
presidente da Ajufe, a associação dos juízes federais.
ASSIM É FÁCIL
Além
do 13º e do 14º salário (R$67 mil para cada), os políticos também têm o “cotão”
de até R$45 mil e mais R$97 mil de “verba de gabinete”.
QUASE UM BATALHÃO
O
gabinete de um senador de Brasília, Hélio José (PMDB), diz tudo: tem 86
funcionários, com salários que variam de R$2,7 mil a R$19 mil.
SOB SUSPEITA 87,7% DOS
PROJETOS DA LEI ROUANET
Foram
encontradas “graves irregularidades” em quase 30 mil dos 34 mil “projetos
culturais” que desde 2009 receberam financiamentos com base na Lei Rouanet de
Incentivo à Cultura. Ou seja, há graves irregularidades em 87,7% do total de
projetos financiados, segundo mostram os dados do Salic (Sistema de Apoio às
Leis de Incentivo à Cultura), que reúne informações sobre beneficiados da Lei
Rouanet. As quadrilhas que se organizaram para se aproveitar da Lei Rouanet
estão sob investigação da Polícia Federal e da CPI criada na Câmara. Para seu
presidente, deputado Alberto Fraga (DEM-DF), a CPI objetiva aprimorar a lei de
incentivo à cultura, blindando-a de corrupção. Ao assumir, o ministro Marcelo
Calero (Cultura) encontrou 20.654 projetos incentivados pela Lei Rouanet sem
prestação de contas.
CPI DA PICARETAGEM
A
CPI que está de olho nas maracutaias de ONGs à sombra da Funai e do Incra,
também investiga mais de 500 mil irregularidades que o Tribunal de Contas da
União (TCU) apontou em assentamentos. Subitamente preocupado com austeridade,
foi o Senado que aprovou em julho reajustes para oito carreiras, entre as quais
Câmara, AGU, TCU, Forças Armadas, carreiras jurídicas. A conta era R$ 40
bilhões.
QUEM PODE, PODE...
Assessor
do senador Lindbergh Faria (PT-RJ), o ex-ministro Gilberto Carvalho não tem do
que reclamar da rotina de trabalho. Na quarta, ele apareceu ao Senado às 17h59,
em plena discussão da reforma política.
TESTE DE FOGO
O
Planalto avalia que a firme condução para aprovar a PEC do Teto de Gastos na
Comissão de Constituição e Justiça, Eunício Oliveira (PMDB-CE) mostrou que está
pronto para a presidência do Senado.
BOBAGEM NA REDE
Bombam
nas redes vídeos pedindo intervenção militar nas escolas invadidas por
entidades do PT e PCdoB, instigados por professores militantes. Não haveria
grana para pagar a gasolina do deslocamento.
GASTADORAS MILITANTES
Em
audiência na comissão especial das medidas de combate à corrupção, servidoras
públicas contrárias ao limite de gastos públicos desfilavam com sapatos e
bolsas de grifes internacionais.
PRATO FEITO
O
ministro Raul Jungmann jantou com o senador Armando Monteiro (PSB-PE) no
restaurante Francisco, em Brasília. Beleza de bacalhau. A esperança que tenham
pago a conta sem dinheiro do contribuinte.
PELUSO, O ADVOGADO
O
STF homenageou o ministro Cezar Peluso, que se aposentou em 2012. Ele advoga em
parceria com o constitucionalista Erick Pereira, presidente da Comissão de
Direito Eleitoral da OAB Nacional.
SEXTA-FEIRA, (11/11/2016)
Nenhum comentário:
Postar um comentário