As
primeiras informações que chegaram ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o
teor da megadelação dos executivos da Odebrecht deixaram ministros
“particularmente preocupados”, segundo um deles. Eles se preocupam com a
estabilidade política do País de tão graves e amplas. O assombro decorre dos
depoimentos preliminares dos delatores, que fará parecer “bobagem” o que foi
revelado até agora. As delações vão enriquecer os inquéritos abertos no STF com
provas robustas, sem deixar dúvidas quanto à condenação dos investigados. A
impressão que se tem, na força-tarefa da Lava Jato, é exagerada: “não vai
sobrar ninguém na classe política”, diz um dos investigadores. Emílio
Odebrecht, o “amigo EO” de Lula, liderou a iniciativa da delação para a empresa
sobreviver. Ofereceu prêmio e 78 executivos aderiram.
ESPELHO MEU
Esta
coluna informou primeiro, há 8 meses, o início da penosa negociação da delação
de Marcelo Odebrecht e de seus executivos.
GIL USOU A LEI ROUANET PARA
UMA FESTA PRIVADA
Na
investigação sobre a utilização dos favores da Lei Rouanet de incentivo
cultural, a CPI da Câmara tem identificado o privilégio de artistas ligados ao
PT ou aos governos Lula e Dilma. O ex-ministro da Cultura Gilberto Gil, por
exemplo, captou R$ 800 mil para um evento privado patrocinado pela Nextel “só
para convidados”, como a própria empresa admitiu. A benesse é vedada pelo
artigo 2º da Lei Rouanet.
CASO GRAVÍSSIMO
“O
ministro tem conhecimento pleno da lei e burlou a lei. É um caso gravíssimo”,
indigna-se o deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ).
GAROTO ESPERTO
Com
a denúncia, Gilberto Gil entrou na mira de convocados da comissão de inquérito.
Requerimento já foi apresentado.
ZÉ CALOTEIRO
O
ator e militante petista José de Abreu, o “Zé do Cuspe”, faturou alto com a Lei
Rouanet e não prestou contas. Terá de devolver R$299 mil.
ACESSO LIMITADO
Após
mais uma invasão do plenário, agora por supostos índios, o presidente da
Câmara, Rodrigo Maia, finalmente pretende dificultar o acesso. Mas falta punir
os deputados que favorecem a invasão.
SORTE LANÇADA
Renan
Calheiros comemorou cedo o pedido de vistas do ministro Dias Toffoli (STF):
começa a decidir no dia 1º se aceita denúncia contra ele no caso Mônica Veloso.
Se virar réu, deixará a presidência do Senado antes do fim do mandato, dentro
de 68 dias.
IMPOSTO DE CIGARRO
O
ministro Henrique Meirelles (Fazenda) descartou aumento de imposto para
diminuir o rombo nas contas públicas. Mas há previsão de alta do IPI sobre
cigarros para dezembro, o quinto em cinco anos.
OLHA QUEM FALA
Um
certo “MV Bill” criticou a ação da polícia na Cidade de Deus. Pediu “respeito”.
É aquele acusado de ter encontrado vários cativeiros de pessoas sequestradas,
enquanto gravava um documentário anos atrás, e nada informou às autoridades,
nem às famílias das vítimas.
BEM NA FITA
Pesquisa
O&P Brasil colocou o Sebrae como o órgão público mais confiado pelo cidadão
do Distrito Federal, com 64,2%, à frente até da Polícia Federal, que ficou em
2º lugar, com 60,5% de confiabilidade.
PREFERIDO PARA CCJ
Garibaldi
Alves Filho (PMDB-RN) aparece como principal nome para a presidência da
Comissão de Constituição e Justiça, a mais importante do Senado. Ele é quase
unanimidade na bancada peemedebista.
CARTEIRADA
A
segurança da Câmara continua passando sufoco. Uma suposta procuradora, que se
recusou a se identificar, pretendia entrar à força no Salão Verde. Ela esteve
na Câmara na invasão ao plenário.
RIMOLI NO DEBATE
O
presidente da Empresa Brasil de Comunicação Laerte Rimoli estará hoje na
comissão do Senado, sob o comando de Lasier Martins (PDT-RS), para discutir a
medida provisória que alterou a estrutura da EBC.
Quinta-feira,
24 de Novembro de 2016
Nenhum comentário:
Postar um comentário