O
prefeito João Doria disse que apoia o nome do governador de Goiás Marconi
Perillo para presidir o PSDB. A convenção nacional do partido está marcada para
dezembro. O presidente interino da sigla, senador Tasso Jereissati (CE), é
pressionado pelo grupo do senador Aécio Neves (MG), presidente licenciado, a
deixar o comando partidário.
"Apoio
total a Marconi Perillo para presidir o PSDB. Sem ferimentos a ninguém",
disse Doria.
O
prefeito da capital também defende a antecipação da convenção nacional para
outubro. A proposta, porém, não tem respaldo na executiva tucana. Pelo
calendário apresentado pelo partido, as convenções municipais tucanas
acontecerão em outubro, as estaduais em novembro e finalmente as nacionais em
dezembro.
Jereissati
já disse a aliados que apoia a candidatura do governador Geraldo Alckmin à
presidente em 2018. A ala do PSDB que defende o rompimento com o governo Michel
Temer (PMDB) quer que Jereissati permaneça no comando do partido em caráter
definitivo depois da convenção.
O
novo presidente do PSDB terá papel determinante na escolha do candidato
presidencial. (AE)
Terça-feira
22 de agosto, 2017 ás 12hs00
COMISSÃO MISTA DEVE AGILIZAR
APROVAÇÃO DE PROJETOS DE SEGURANÇA PÚBLICA
O
presidente do Senado, Eunício Oliveira, disse nesta segunda (21) que uma
comissão mista, de senadores e deputados ligados à área de segurança pública,
deve ser criada para agilizar a aprovação de projetos no setor. Segundo ele, há
projetos paralisados nas comissões de Constituição e Justiça (CCJ) e nos
plenários das duas casas legislativas.
Eunício
lamentou que a maior parte das propostas sejam corporativistas, mas adiantou
que será dada prioridade a projetos que melhorem a proteção da sociedade e do
cidadão, para que se alcance “um novo patamar de segurança pública no Brasil”.
Os parlamentares estão preocupados com o aumento da violência no país,
especialmente nos grandes centros urbanos, como São Paulo e Rio de Janeiro.
O
presidente do Congresso destacou a proposta de revisão e atualização da Lei de
Execução Penal, em trâmite no Congresso. O Projeto de Lei do Senado (PLS)
513/2013 apresenta uma série de medidas com o objetivo de enfrentar os
problemas que assolam os presídios. A proposta é resultado de um anteprojeto elaborado
por uma comissão especial de juristas e, como medida principal, veda a
acomodação de presos em número superior à capacidade do estabelecimento penal.
“Pedi
ao presidente da CCJ [senador Edison Lobão (PMDB-PI)] para designar relator e
agilizar esse projeto que é importante do ponto de vista da sociedade
brasileira, para prender efetivamente quem precisa estar preso e soltar quem
não precisa estar preso. Estamos trabalhando essa pauta”, adiantou.
Reforma Política
Sobre
a proposta de reforma política que deve ser votada amanhã no plenário da Câmara
dos Deputados, Eunício voltou a afirmar que é um defensor do parlamentarismo. O
presidente do Senado disse que tem percebido, por suas andanças em cidades do
interior, que as pessoas desejam o sistema distrital misto. Ele admitiu que tem
receio de que o sistema chamado distritão, que acaba com o voto proporcional
para a eleição de deputados, se torne algo definitivo, quando deveria ser
apenas uma transição. “Ele [o distritão] destrói os partidos”, lamentou
ressaltando que é preciso fortalecer os que já existem para que não haja uma
proliferação de novas siglas.
Eunício
Oliveira garantiu que não pautará no Senado qualquer proposta que fale em
doação oculta de campanha. Ele exaltou a atuação do atual presidente do
Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, que, segundo ele,
“segurou” a criação de 20 novas legendas, que em sua opinião tornaria o país
ingovernável. “Não podemos fazer reforma política para uma única eleição, quem
vai definir quem vai ser eleito é o povo. Não podemos fazer uma reforma apenas
para agradar quem está dentro da Casa”, destacou.
Como
exemplo de leis aprovadas sem um pensamento de longo prazo, o senador citou o
programa de parcelamento de dívidas tributárias, o Refis, que teve 17 edições
nos últimos 10 anos. “O Brasil não aguenta mais Refis”, criticou. (ABr)
Terça-feira
22 de agosto, 2017 ás 00hs05
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