Pelo
sétimo mês seguido, a caderneta de poupança continuou a atrair o interesse dos
brasileiros. Em setembro, a captação líquida – depósitos menos retiradas –
somou R$ 8,54 bilhões, informou quinta-feira (4/10) o Banco Central. O
resultado é o melhor para meses de setembro desde o início da série histórica,
em 1995.
No
acumulado do ano, a poupança continua registrando desempenho positivo. De
janeiro a setembro, a caderneta teve captação líquida de R$ 25,5 bilhões. Esse
foi o melhor resultado para o período desde 2013, quando a aplicação tinha
registrado captações líquidas de R$ 48,95 bilhões nos nove primeiros meses do
ano.
Até
2014, os brasileiros depositavam mais do que retiravam da poupança. Naquele
ano, as captações líquidas chegaram a R$ 24 bilhões. Com o início da recessão
econômica, em 2015, os investidores passaram a retirar dinheiro da caderneta
para cobrirem dívidas, num cenário de queda da renda e de aumento de
desemprego.
Em
2015, R$ 53,57 bilhões foram sacados da poupança, a maior retirada líquida da
história. Em 2016, os saques superaram os depósitos em R$ 40,7 bilhões. A
tendência inverteu-se em 2017, quando as captações excederam as retiradas em R$
17,12 bilhões.
A
poupança voltou a atrair recursos mesmo com os juros em níveis baixos. Isso
porque o investimento garantiu novamente rendimentos um pouco acima da
inflação. Nos 12 meses terminados em setembro, a poupança rendeu 4,5%. O Índice
de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)-15, que funciona como uma prévia da
inflação oficial, acumula 4,28% no mesmo período. Amanhã (5), o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga o IPCA cheio de setembro.
(ABr)
Quinta-feira,
04 de outubro, 2018 ás 18:00
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