O
governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse na quarta-feira (20/09), que deixar a
escolha do candidato à Presidência da República pelo partido para abril ou maio
é "fazer política de improviso" e afirmou que pesquisa eleitoral
"não é parâmetro" para a escolha do presidenciável. A declaração foi
dada um dia após a divulgação da pesquisa CNT/MDA, que mostra o governador
abaixo das intenções de voto de seu afilhado político, o prefeito João Doria
(PSDB).
"Se
tivermos dois candidatos, podemos marcar prévias para o comecinho do ano. Não
precisa ser decidido nada agora, mas não defendo deixar nada para a última
hora. Tudo o que é improvisado é mal feito. Aliás, no Brasil precisamos parar
com a improvisação, inclusive na política", afirmou o governador em evento
do Prêmio Excelência em Competitividade, realizado pelo Centro de Liderança
Pública (CLP). A escolha até o fim do ano para o candidato ao Planalto pode
favorecer o governador, mas não é consenso dentro da legenda.
Segundo
o levantamento, divulgado pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT),
Doria está com 2,4% das intenções de voto, um crescimento de 2.1 pontos percentuais
em relação a fevereiro. Já Alckmin aparece com 1,2% dos votos, ante 0,7% no
levantamento anterior. Os números têm como base a consulta de intenção de voto
espontânea, ou seja, quando não é apresentado nenhum nome aos entrevistados.
O
governador justificou o resultado, também, dizendo que não tem feito tantas
viagens pelo País. "Também não tenho viajado tanto", disse, numa
declaração que parecer uma alfinetada a Doria, que tem feito viagens nacionais
e internacionais.
Na
contramão do que tem dito Doria, que levanta a ideia de que o PSDB considere as
pesquisas eleitorais para a escolha do candidato, Alckmin diz que os
levantamentos não devem ser parâmetro.
"Este
não deve ser o parâmetro. Se fosse escolher por pesquisa, o segundo turno em
São Paulo (para a prefeitura) teria sido entre Celso Russomano e Marta
Suplicy"
Apesar
de não ser o tucano melhor sucedido no levantamento, Alckmin disse ter
considerado o resultado ótimo. "Achei ótima a pesquisa. Estamos
praticamente empatados. E eu não disputei eleição no ano passado. A última que
disputei foi em 2014 e eleição para governador fica sempre escondida por causa
da eleição para presidente.”
"Precisamos
planejar as coisas. O país é um país continental. Quem for escolhido candidato,
vai ter de fazer alianças, discutir um grande projeto para o Brasil com a
sociedade, viajar pelos vários Brasis. Por isso, tenho defendido, que não se
pode deixar para lá na frente, na última hora." (AE)
Quinta-feira
21 de setembro, 2017 ás 00hs05
Nenhum comentário:
Postar um comentário