O
governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta segunda-feira,
6, não ter intenção de disputar a presidência do partido na convenção marcada
para o dia 09 de dezembro. Seu nome passou a ser cogitado frente a uma
potencial disputa entre o senador Tasso Jereissati (CE) e o governador de
Goiás, Marconi Perillo, que já declararam interesse em ocupar o posto. Alckmin
sugeriu até a divisão do comando entre os dois tucanos. "Não tenho nenhuma
pretensão de presidir o partido. Todo o esforço é para unir o PSDB. Por que os
dois não participam da direção partidária?", afirmou após participar de
cerimônia no Palácio dos Bandeirantes na qual foi assinado o compromisso de
realização do Fórum Econômico Mundial para a América Latina na capital
paulista, no ano que vem.
O
impasse sobre o novo presidente do PSDB e o temor de uma disputa fratricida na
legenda levaram setores do partido a defender uma terceira via. A proposta
repetiria o que o PSDB fez em 2013, quando o senador Aécio Neves foi reeleito
presidente da sigla antes de iniciar sua pré-campanha presidencial. O mesmo fez
o ex-governador Eduardo Campos, que presidia o PSB quando entrou na campanha
naquele ano.
Questionado
sobre o artigo no qual o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso defendeu o
desembarque da sigla do governo do presidente Michel Temer, Alckmin disse que
FHC defendeu apenas a posição do partido, a de que o compromisso é apenas com
as reformas, e lembrou que a permanência da sigla na Esplanada dos Ministérios
está vinculada à aprovação delas. "FHC age como estadista, sua palavra é
sempre ouvida", acrescentou.
Também
presente ao evento, o prefeito João Doria evitou falar sobre o partido e sobre
as eleições de 2018, delegando as perguntas a Alckmin.
Terça-feira,
7 de novembro, 2017 ás 7hs00
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