O
prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, disse ao Estado nesta terça-feira, 28, que
considera um “constrangimento” para o governador Geraldo Alckmin acumular a
presidência do PSDB com sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto em 2018.
Também
postulante à vaga de presidenciável tucano, Virgílio afirmou que pretende ir
até o fim e disputar prévias com a participação de todos os filiados da
legenda.
“Olhe
só que constrangimento: vou pedir a ele, como presidente do partido, que me dê
a lista dos militantes que votam nas prévias – mais de 1 milhão de pessoas. Vou
dizer: ‘Governador, preciso disso como ferramenta para derrotar o senhor.’ Vou
pedir também que seja equânime na distribuição do Fundo Partidário para
financiar a nossa disputa. Vou pedir igualdade. Mas para quem? ”
O
tucano também questiona se o paulista terá tempo de conciliar sua agenda com as
demandas da sigla. “Ele sempre foi muito atento ao governar São Paulo. Como vai
ter tempo agora para governar bem o partido?”
Quadro
histórico do PSDB, o prefeito da capital amazonense reclamou, ainda, do
processo de escolha que selou o nome de Alckmin como presidente do partido.
“Minha principal referência política viva é o FHC. Mas ele não pode ser a fonte
de todas as soluções. Certas conversas de petit comité repercutem na vida de
todos nós”, afirmou. “Não estou cometendo nenhum crime. Só estou dizendo que
vou disputar as prévias do partido.”
A
Executiva Nacional do PSDB se reunirá nesta quinta-feira, 30, para definir se
vai incluir um modelo de prévias no novo estatuto que o partido vai apresentar.
Virgílio já avisou que não aceita um modelo restrito: “A prévia pode se uma
farsa, com 500 e poucas pessoas votando, ou aberta a todos os filiados”. (AE)
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