O
novo presidente nacional do PSDB e governador de São Paulo, Geraldo Alckmin,
eleito neste sábado (9) na convenção do partido, vai convocar uma reunião da
Executiva Nacional e da bancada tucana na Câmara na próxima semana para definir
o posicionamento do partido na votação da reforma da Previdência. Alckmin disse
ser favorável ao fechamento de questão a favor da proposta do governo, mas
adotou um tom cauteloso ao se referir à posição do partido.
“Pessoalmente,
sou favorável à reforma da Previdência. Já a fiz, em 2011, em São Paulo. A
minha posição pessoal é pelo fechamento de questão, mas essa não é uma decisão
só da executiva do partido. É também da bancada. Acho que o caminho agora é o
caminho do convencimento”, disse Alckmin, que foi escolhido novo presidente do
PDSB por 470 votos a favor, três contrários e uma abstenção.
Quando
um partido fecha questão sobre uma votação, os parlamentares que não acompanham
a decisão da executiva podem sofrer penalidades, como suspensão de atividades
partidárias ou até mesmo expulsão da legenda. Essa semana, o PMDB e PTB
fecharam questão a favor da aprovação da proposta do governo para a reforma da
Previdência.
Durante
a 14ª Convenção Nacional do PSDB, outros líderes do partido também se
posicionaram a favor da reforma. Alberto Goldman, que ocupou a presidência
interina do partido até a eleição de hoje, defendeu a proposta feita pelo
governo de Michel Temer. Goldman, no entanto, não deixou claro se o partido vai
permanecer na base aliada do governo. O assunto não foi discutido oficialmente
na convenção.
O
senador Aécio Neves (MG), que era presidente o partido até maio, quando pediu
afastamento, também se mostrou favorável à reforma. “Pior do que vir a reforma
da Previdência sem os votos do PSDB é vê-la não aprovada pela ausência dos
votos do PSDB”, disse. O senador foi vaiado ao entrar no auditório em que
ocorreu a convenção e ficou menos de uma hora no local. (AE)
Domingo,
10 de dezembro, 2017 ás 10hs45
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