Foi
o que aconteceu e continua acontecendo nesta tempestade na área do governo Jair
Bolsonaro. O presidente nacional do PSL, Luciano Bivar, coloca-se em uma
posição de pleno antagonismo com o chefe do Executivo. O líder do governo na
Câmara, deputado Delegado Waldir, afastado pelo Planalto, obteve apoio da maior
parte da bancada partidária para permanecer à frente na controvérsia e no
entrechoque de importância singular.
O
deputado Delegado Waldir permaneceu no posto, pelo menos até agora, obtendo o
apoio da maior parte de sua legenda. O conflito explodiu. Entre os destroços
veio à superfície uma realidade política no mínimo surpreendente.
EXPLICAÇÃO?
– O que terá acontecido de tão grave no relacionamento entre o presidente da
República e sua principal base parlamentar, capaz de explicar e traduzir
objetivamente as razões da tempestade. A nave do governo passou a ser objeto de
contradição dentro das correntes do próprio Palácio do Planalto. A tempestade
não acabou. Pelo contrário, aumentou, não importando qual será o desfecho no
processo da escolha do líder do PSL na Câmara dos Deputados.
A
derrota do presidente Bolsonaro, dimensionando-se a real importância do
episódio, foi ampliada porque ele indicou seu filho Eduardo Bolsonaro para
líder do PSL e o deputado Delegado Waldir alcançou mais votos do que os
depositados em favor de um parlamentar que simplesmente é filho do presidente
da República. E que, além disso, teve seu nome cogitado para embaixador do
Brasil nos Estados Unidos.
PRIORIDADE?
– Tem-se a impressão que a embaixada em Washington deixou de ser a prioridade
do Planalto. Mas esta é outra questão.
O
fato essencial é a derrota do governo causada pela maioria de assinaturas
divulgada em favor de Waldir, derrotando assim Eduardo Bolsonaro. Pode se
argumentar que nas próximas horas o vendaval possa ser contido. É verdade. Mas
o que aconteceu ontem em Brasília é irremediável em matéria de entrechoque
político. Eduardo Bolsonaro, depois de sua derrota ficou sem condições de
permanecer no partido que se dividiu.
OUTRO
ASSUNTO – Reportagem de Daniela Amorim, O Estado de São Paulo, edição de
quinta-feira, com base em dados do IBGE revela um fato que pode ser considerado
um desastre social do país. A pesquisa nacional de domicílios, PNAD, trouxe à
tona uma realidade chocante. Deve ser um fator que envergonha o país: metade da
população brasileira vive com 413 reais por mês.
Vale
uma explicação: a pesquisa parte da renda das famílias e os 413 reais
constituem um resultado da divisão da renda familiar pelo número de membros que
a integram. Partimos do princípio que a média é de 4 pessoas por unidade
familiar. Uma terrível vergonha.
(Pedro
do Coutto /Tribuna da internet)
Sexta-feira,
18 de outubro ás 12:00
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