Com
o segundo maior colégio eleitoral (mais de 600 mil eleitores), não há dúvidas
de que o Entorno do Distrito Federal seja uma região fundamental para a eleição
em Goiás. Polos de desenvolvimento, humano e econômico, as cidades
circunvizinhas à capital federal há muito deixaram de ser um “peso” para o
poder público e se transformaram em zonas de prosperidade. Tanto é assim que,
recentemente, veículos de comunicação do país inteiro divulgaram reportagens
mostrando, para citar um exemplo, que pacientes de Brasília estão buscando
atendimento nos hospitais goianos.
No
entanto, lideranças locais parecem não perceber a mudança dos tempos. Presos a
picuinhas e rusgas partidárias, deixam passar uma oportunidade única: a de,
finalmente, se tornarem uma força reconhecida. Com o pleito de 2018 se
aproximando, os atores políticos (partidos, instituições e grupos) começam a se
movimentar e disputar, legitimamente, espaço na construção das chapas
majoritárias e proporcionais. O Entorno continua à margem das discussões e não
por falta de relevância.
Falta,
na verdade, unidade. Os interesses pessoais e particulares de cada cidade falam
mais alto que a discussão regional. Enquanto os prefeitos e deputados do
Entorno não entenderem que só conseguirão sucesso juntos, o descaso persistirá.
Há, hoje, vários nomes com densidade eleitoral, competência e qualificação para
postular uma vice-governadoria. O prefeito Hildo do Candango (PSDB), o deputado
federal Célio Silveira (PSDB) e a secretária/deputada Lêda Borges (PSDB) são
alguns deles.
Independente
da eleição de 2018, os prefeitos deveriam criar um fórum permanente de debate.
Aos moldes do Fórum de Governadores, capitaneado por Marconi Perillo (PSDB-GO),
o colegiado discutiria, por exemplo, os desafios da região, a criação de
políticas públicas integradas de desenvolvimento… Ganharia musculatura,
relevância e, acima de tudo, voz.
Jornal
OPÇÃO
Segunda-feira,
31 de julho, 2017 ás 11hs00
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