Instituições
financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) reduziram a estimativa de
crescimento da economia e da inflação neste ano. A informação consta do boletim
Focus, publicado semanalmente pelo BC, com projeções dessas instituições para
os principais indicadores econômicos.
A
estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou
de 4,17% para 4,16%, neste ano. Para 2019, a projeção caiu de 4,12% para 4,11%.
Para 2020 e 2021, a estimativa permanece em 4% e 3,92%, respectivamente.
Para
2018 e 2019, as estimativas estão abaixo do centro da meta que deve ser
perseguida pelo BC neste ano, de 4,5%, com limite inferior de 3% e superior de
6%. Para 2019, a meta é 4,25%, com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%.
Para 2020, a meta é 4% e 2021, 3,75%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto
percentual para os dois anos (2,5% a 5,5% e 2,25% a 5,25%, respectivamente).
Para
alcançar a meta de inflação, o BC usa como instrumento a taxa básica de juros,
a Selic, atualmente em 6,5% ao ano.
De
acordo com as instituições financeiras, a Selic deve permanecer em 6,5% ao ano
até o final de 2018. Para 2019, a expectativa é de aumento da taxa básica,
terminando o período em 8% ao ano e permanecendo nesse patamar em 2020 e 2021.
Quando
o Comitê de Política Monetária (Copom) aumenta a Selic, o objetivo é conter a
demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos
encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando o Copom diminui a Selic, a
tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao
consumo, reduzindo o controle da inflação.
A
manutenção da taxa básica de juros, como prevê o mercado financeiro neste ano,
indica que o Copom considera as alterações anteriores suficientes para chegar à
meta de inflação.
Atividade econômica
A
projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os
bens e serviços produzidos no país – foi reduzida de 1,47% para 1,44% neste
ano. Para 2019, 2020 e 2021, a estimativa para o crescimento do PIB continua em
2,5%.
A
previsão do mercado financeiro para a cotação do dólar subiu de R$ 3,75 para R$
3,80 no final deste ano e permanece em R$ 3,70 no fim de 2019. Para 2020, a
estimativa cai para R$ 3,67 e, no final de 2021, se mantém em R$ 3,75. (ABr)
Segunda-feira,
03 de setembro, 2018 ás 09:00
Nenhum comentário:
Postar um comentário