O
Brasil registra hoje cerca de 13 milhões de desempregados, e o cenário se
agrava porque boa parte da população está perdendo a esperança. De acordo com a
Pesquisa por Amostra de Domicílio Contínua (PNAD), divulgada em agosto pelo IBGE,
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, cerca de 4,8 milhões de
pessoas acima dos 14 anos desistiram de procurar emprego no segundo trimestre
de 2018. Diversas empresas faliram e tantas outras pessoas estão insatisfeitas
com o emprego ou negócio atual. Com base nesta realidade, os brasileiros
precisaram se reinventar.
O
mercado digital foi o ramo de negócio mais procurado para um “recomeço”.
Segundo a pesquisa Digital Adspend 2018, da IAB Brasil, Interactive Advertising
Bureau, a publicidade digital no País movimentou R$ 14,8 bilhões em 2017 e
cresceu 25,4% em relação ao ano anterior. Este é um dos poucos segmentos onde é
possível construir ideias altamente rentáveis, mesmo com investimento zero.
Mas,
como em qualquer outro ramo de negócio é preciso trabalhar bastante e ser
criativo, enxergar oportunidades e explorar um determinado nicho. Com isso,
pequenas empresas (ou empreendedores) passaram a ganhar mais visibilidade pelo
alto potencial de inovação e modelo de negócio escalável. De acordo com o CTO
& Co-founder da TurboMKT (Plataforma de Negócios Online), Flávio Oliveira,
é possível criar um negócio digital com investimentos próprios e uma
perspectiva de crescimento anual bastante alta. “O custo de manutenção de um
negócio no ‘mundo real’ é extremamente alto e, geralmente, o lucro não é
suficiente nem para bancar os custos fixos. No mundo digital, atuando como um
produtor de conteúdo ou um afiliado (ambos denominados empreendedores digitais)
acontece exatamente o contrário: os custos fixos e investimento inicial são
baixos e tendem a ser gradativos, e a margem de lucro é alta”, observou
Oliveira.
Para
iniciar a imersão neste mundo digital, antes de começar um negócio, é
necessário ter clareza sobre os objetivos da empresa a pequeno, médio e longo
prazo. Ainda, é importante conhecer o marketing digital e ferramentas para
divulgação, produção, distribuição de conteúdo e como realizar a venda pela
internet. “Vender pela internet para algumas pessoas é algo distante,
entretanto, para começar basta apenas colocar em prática uma ideia, organizar
os conhecimentos em um curso online ou eBook, utilizar as melhores estratégias
e tecnologias e, com dedicação e tempo, começar a faturar”, aconselhou
Oliveira, que ressaltou. “O retorno financeiro dos empreendedores digitais
costuma ser quase que instantâneo. As pessoas desejam consumir informação e
conhecimento para fins diversos e, para tanto, precisam de conteúdo de
qualidade. Se o produtor tem experiência relevante para ser compartilhada, com
um material bem produzido e disponibilizado de forma acessível, certamente,
terá sucesso”.
Para
aqueles que pensam em dar início a um negócio no mercado online, mas não sabem
por onde começar, Flávio Oliveira oferece algumas dicas importantes:
Primeiro
passo: entender o mercado digital, ter propriedade no segmento no qual atuará e
ter um objetivo claro bem definido.
Segundo
passo: ter uma estrutura societária focada e especialista disposta a colocar a
mão na massa. É interessante, por experiência própria, ter sócios com
qualificações e especialidades diferentes, isso ajudará na divisão de tarefas.
Em seguida, conectar com pessoas que estão na mesma sintonia e que acreditam
por inteiro naquela ideia; a equipe é um dos fatores mais importantes –
principalmente no início –, pois juntos farão o negócio acontecer e crescer.
Terceiro
passo: é importante administrar os custos fixos. Trabalhar remoto pode ser
confortável e poupar os custos de uma sala comercial; ter uma equipe enxuta e
multitarefa; ter sob controle todo o custo do projeto e fazer provisões de
faturamento. (DP)
Quarta-feira,
26 de setembro, 2018 ás 19:00
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