A
partir da próxima semana, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, vai
apresentar a parlamentares e instituições da área médica a proposta de um novo
programa para substituir de forma gradual o Mais Médicos. A ideia é discutir o
novo programa e ouvir sugestões e críticas.
A
informação é do secretário de Atenção Primária à Saúde, Erno Harzeheim, que
participou hoje (13) de audiência pública na Câmara dos Deputados.
“É
determinação desde o início dessa gestão do ministro Mandetta que montássemos
um novo programa em substituição gradual ao Mais Médicos. Esse programa está em
fase final de elaboração. A partir da próxima semana o ministro vai começar a
fazer diversas audiências com congressistas para mostrar o que fizemos e
colher, ainda de maneira não publica, opiniões, críticas e sugestões”, explicou
Harzeheim.
Umas
das mudanças que o novo programa trará será a adoção de critérios mais
objetivos e transparentes para definir a distribuição dos médicos, de acordo
com o secretário. “Nesse novo programa vamos ter um outro critério de
classificação dos municípios, um critério mais claro que determina que
município deve receber ou não um sistema de provimento do governo federal”.
A
substituição do Mais Médicos ocorrerá de forma gradual e os atuais contratos
dos profissionais serão mantidos até o final. “Quem está hoje no Mais médicos
tem a garantia de que vai terminar o seu contrato e a substituição vai ser
gradual, pouco a pouco, nada abrupto vai ser feito nesse sentido”, garantiu
Harzeheim.
O
secretário acrescentou que o novo programa aborda os eixos que precisam ser
enfrentados para que haja mais e melhores médicos trabalhando na atenção
primária e na saúde da família, entre eles o provimento de médicos em
municípios pequenos afastados dos grandes centros e também junto às populações
mais vulneráveis das cidades maiores.
Os
dados do Ministério da Saúde apresentados na audiência pública mostram que
atualmente o Programa Mais Médicos tem 14.101 médicos ativos. Com atual edital
aberto para o preenchimento de 2.149 vagas, a previsão é que, em julho, o
número total de profissionais chegue a mais de 16 mil.
O
secretário participou da audiência pública das comissões de Educação e de
Seguridade Social e Família da Câmara para debater a formação de novos
profissionais no âmbito do programa Mais Médicos.
No
dia 9 de abril, o porta-voz da Presidência, Otávio Rego Barros, havia declarado
que o governo estudava a substituição do Mais Médicos. Na ocasião, ele disse
que ocorreria uma coordenação com o Ministério da Educação para levantar e
agilizar as questões como as relativas às avaliações dos médicos, quando
formados no exterior. (ABr)
Quinta-feira,
13 de junho, 2019 ás 18:00
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