Não
existe qualquer possibilidade de o candidato do PSDB à Presidência da República
nas eleições deste ano não ser o governador paulista, Geraldo Alckmin, declarou
o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, uma das principais lideranças da
sigla, em entrevista à rádio Bandeirantes.
O
partido já marcou para 4 de março as prévias que definirão o nome que
encabeçará a chapa tucana no pleito presidencial. Além de Alckmin, disputa a
nomeação o prefeito de Manaus, Artur Virgílio Neto. Ainda assim, FHC dá como
certa a vitória do governador paulista na disputa. "Tem vários que são
bons, mas quem tem mais chance nesse momento, quem pode levantar a bandeira, em
nome do PSDB, é o Alckmin", disse.
Diante
do bom desempenho do ex-presidente Lula e o deputado Jair Bolsonaro em
pesquisas de intenção de voto, FHC explicou que o espaço segue aberto para uma
candidatura de centro. "Acho que há todas as condições para ter um
candidato de centro qualificado, que tenha história e posição."
O
ex-mandatário manifestou preocupação de que o vencedor do pleito presidencial
possa ter inclinações autoritárias. "Há um clima que é propício a isso,
nós já tivemos experiências dessa natureza. É preciso que haja também outras
pessoas capazes de dizer de uma maneira direta, que toque nas pessoas, mas que
respeite algumas regras da democracia, do bem-estar, que tenha compromisso com
o país e não só com a vitória", afirmou FHC. "Temos que olhar com
muita atenção o desenrolar dessas eleições, porque pode haver, mal comparando,
um Hitler, como pode haver um Trump ou pode haver um Macron."
O
julgamento do recurso apresentado pela defesa de Lula ao Tribunal Regional
Federal da 4ª Região (TRF4), marcado para a próxima quarta-feira, 24, no caso
do tríplex do Guarujá, não deverá ser pautado por critérios políticos, entende
o líder tucano. "Eu espero só uma coisa: que a Justiça seja correta. Qual
é a prova e, se tem prova, condena. Se não tem, absolve. Eu não conheço o
processo. O juiz vai ter que explicar, fundamentar o voto", declarou FHC.
Uma
das mais importantes discussões entre o ano passado e o início de 2018, a
reforma da Previdência é necessária ao País, reforçou FHC, para quem o governo
deve deixar claro à população que as mudanças propostas ajudam a combater
privilégios. (AE)
Sexta-feira,
19 de janeiro, 2018 ás 12hs00
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