O
Brasil criou 61.188 mil postos de trabalho em fevereiro, de acordo com o
Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado sexta-feira (23/3)
pelo Ministério do Trabalho. O número é bem superior em relação aos mais de 35
mil empregos gerados em fevereiro do ano passado e corresponde ao melhor
resultado desde 2014, quando foram abertas 260.823 vagas no mesmo período. No
total, foram registradas 1.274.965 admissões e 1.213.777 demissões.
O
mês de fevereiro também seguiu a tendência positiva de janeiro, quando foram
abertos 77,8 mil novos postos de trabalho no país. “Esses resultados confirmam
a recuperação econômica e a retomada dos empregos. As medidas adotadas pelo
governo foram acertadas e estamos otimistas que esses números se repetirão ao
longo do ano”, avaliou o ministro interino do Trabalho, Helton Yomura, em nota
enviada à imprensa.
No
saldo consolidado de 2017, o Brasil havia tido um resultado negativo, com o
fechamento de 20,8 mil postos de trabalho.
Setores
Os
dados do Caged também revelam que cinco dos oito principais setores econômicos
tiveram saldo positivo. O principal deles foi o de serviços, com a criação de
65.920 novos postos de trabalho, crescimento de 0,39% sobre o mês anterior.
A
indústria de transformação foi o segundo setor com melhores resultados, abrindo
17.363 postos de trabalho, um acréscimo de 0,24% em relação a janeiro. O
terceiro melhor resultado ficou com a administração pública, que gerou 9.553
empregos, seguido de serviços industriais de utilidade pública, 629 postos, e
extrativa mineral, 315 postos.
Já
o setor de comércio foi o que mais fechou postos, com saldo negativo 25.247
postos de trabalho a menos. A agropecuária e a construção civil também tiveram
baixas, com o fechamento de 3.738 e 3.607 postos de trabalho, respectivamente.
Estados
Ao
todo, 15 estados e o Distrito Federal registraram saldo positivo na criação de
empregos. Os melhores resultados, em números absolutos, ocorreram em São Paulo,
com a criação de 30.040 postos; Santa Catarina, com 16.344; Rio Grande do Sul,
com 13.024; Paraná, com 7.703; Minas Gerais, com 7.288, e Goiás com a criação
de 5.137 postos de trabalho.
Entre
os estados que tiveram redução nos postos de trabalho, estão Alagoas, que
fechou 10.698 postos; Pernambuco, 7.381; Rio Grande do Norte, 3.570; Paraíba,
2.758; Rio de Janeiro, 2.750, e Sergipe, com o fechamento de 931 postos de
trabalho.
Novas modalidades
Em
fevereiro, houve 11.118 desligamentos mediante acordo entre empregador e
empregado, envolvendo 8.476 estabelecimentos, segundo o Caged. Esse tipo de
acordo passou a vigorar a partir da reforma trabalhista e prevê que o contrato
de trabalho pode ser encerrado de comum acordo entre patrão e empregado, com
pagamento de metade do aviso-prévio e metade da multa de 40% sobre o saldo do
FGTS. O empregado poderá ainda movimentar até 80% do valor depositado pela
empresa na conta do FGTS, mas não terá direito ao seguro-desemprego.
O
estado de São Paulo apresentou a maior quantidade de registros (3.257), seguido
pelo Paraná (1.214), Minas Gerais (962), Rio de Janeiro (941) e Rio Grande do
Sul (901).
Foram
feitas 2.660 admissões e 569 desligamentos na modalidade de trabalho
intermitente, um saldo positivo de 2.091 empregos. As admissões concentraram-se
principalmente em São Paulo (816 postos), Rio de Janeiro (258 postos), Minas
Gerais (257 postos), Distrito Federal (182 postos) e Espírito Santo (163
postos).
As
admissões foram majoritariamente registradas nos setores de Serviços (1.206
postos), Comércio (585), Construção Civil (410) e Indústria de Transformação
(395).
No
regime de trabalho parcial, foram registradas 6.490 admissões e 3.423
desligamentos, gerando saldo positivo de 3.067 empregos. As maiores quantidades
de admissões foram observadas em São Paulo (1.314 postos), Ceará (876), Minas
Gerais (634), Goiás (393), Paraná (373) e Rio de Janeiro(348). Do ponto de
vista setorial, as admissões concentraram-se nos Serviços (4.551 postos),
Comércio (1.169), Indústria de Transformação (508) e Agropecuária (150).
Na
categoria de Teletrabalho, aquele realizado à distância, foram registradas 362
admissões e 243 desligamentos, gerando saldo positivo de 119 empregos. As
maiores quantidades de admissões foram observadas em São Paulo (67 postos),
Minas Gerais (50), Espírito Santo (40), Rio de Janeiro (40), Bahia (22) e Ceará
(22). Do ponto de vista setorial, as admissões concentraram-se nos Serviços
(190 postos), Comércio (88), Indústria de Transformação (44) e Construção civil
(20). (ABr)
Sábado,
24 de março, 2018 ás 00:05
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