A
presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Carmen Lúcia, disse hoje
(19) que depende do ministro-relator Edson Fachin, e não dela, o julgamento do
habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no plenário da Corte.
“O
Supremo examinará assim que o ministro Edson Fachin levar em mesa, ou na
Segunda Turma ou ao plenário”, disse a ministra, em entrevista a rádio
Itatiaia, de Minas Gerais. “O relator é o responsável por levar o processo e
dizer a importância do processo”, acrescentou. “Quando o relator levar, o
habeas corpus tem preferência constitucional, porque lida com liberdade.”
Na
mesma entrevista, Cármen Lúcia confirmou que haverá uma reunião “não formal”
entre os ministros do STF, provavelmente amanhã (20), mas não quis revelar
detalhes sobre a pauta do encontro, que disse ter sido convocado por ideia do
decano da Corte, ministro Celso de Mello, um dos principais defensores da
revisão do entendimento sobre a prisão em segunda instância.
O
STF vive um impasse sobre se condenados na segunda instância devem começar a
cumprir pena de imediato, mesmo com recursos pendentes em cortes superiores e
Cármen Lúcia, a quem cabe elaborar a pauta de julgamento em plenário, ainda não
colocou o tema em discussão.
Na
semana passada, ao negar mais um pedido da defesa de Lula para que seja
concedido o habeas corpus do ex-presidente, Fachin disse que não deve levar o
assunto ao plenário em mesa sem que seja pautado por Cármen Lúcia, pois a
elaboração da pauta de julgamentos “recai sobre as elevadas atribuições da
presidência deste tribunal”. (ABr)
Terça-feira,
20 de março, 2018 ás 00:00
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