O
Fundo Monetário Internacional (FMI) piorou a estimativa para o superávit
primário do Brasil. Segundo o relatório "Fiscal Monitor", divulgado
nesta quarta-feira, 18, o País só deve atingir o resultado positivo em 2022.
Na
previsão realizada em outubro, o Fundo estimava que as contas brasileiras
teriam um superávit em 2021. Para este ano, a entidade projeta um déficit
primário de 2,3% do PIB.
Na
semana passada, diante da dificuldade de melhora das contas públicas, o governo
propôs manter o rombo de R$ 139 bilhões nas contas públicas em 2019. A equipe
econômica também trabalha com um resultado negativo até 2021.
Endividamento
O
FMI também prevê que a dívida bruta deve avançar para 87,3% do Produto Interno
Bruto (PIB) neste ano. Em 2019, a projeção do fundo é de que ela deve superar o
patamar de 90%.
"A
reforma da Previdência, que poderia produzir uma economia de cerca de 9,5% do
PIB na próxima década, foi adiada. Espera-se que a dívida se estabilize em
pouco menos de 100% na década em meados da década de 2020", informou o
FMI.
Mais
do que o rápido avanço da relação dívida/PIB, os números indicam que a economia
brasileira é altamente endividada quando se compara com a situação de outros
países em desenvolvimento.
Segundo
a projeção do FMI, o endividamento das economias emergentes será de 49% em
2018, avançando para 51,2% no ano que vem. Na América Latina, a relação
dívida/PIB vai subir de 61,8% para 66,4% no mesmo período.
Quinta-feira,
19 de abril, 2018 ás 00:05
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