A
produção aumentou e o emprego ficou estável na indústria brasileira em março. É
o que indica a Sondagem Industrial divulgada segunda-feira (23/4) pela
Confederação Nacional da Indústria (CNI).
De
acordo com a confederação, o crescimento da produção em março foi mais intenso
do que o usual para o mês. O índice de evolução da produção, de 55,2 pontos,
ficou 8,7 pontos acima do de fevereiro e é 2,1 pontos maior do que a média
histórica dos meses de março. Os indicadores da Sondagem variam de zero a 100
pontos. Quando estão acima de 50 pontos indicam aumento da produção e do
emprego no setor.
O
índice de evolução do número de empregados permaneceu estável em 49,6 pontos.
Segundo a CNI, como está próximo da linha divisória dos 50 pontos, indica que o
número de empregados apresentou estabilidade de fevereiro para março. Esse foi
o segundo mês seguido de estabilidade após uma sequência de quedas.
O
indicador de nível de estoques, em relação ao planejado, ficou em 50,6 pontos,
pouco acima da linha divisória de 50 pontos, indicando que os estoques estão
levemente acima do planejado. O indicador de utilização da capacidade instalada
subiu de 64% em fevereiro para 66% em março. Com isso, a ociosidade é de 34%.
Expectativas
Os
índices de perspectivas para os próximos seis meses estão mais baixos do que em
março, embora os indicadores ainda apontem para o aumento da demanda, da compra
de matérias-primas, das exportações e do emprego.
O
índice de expectativa de demanda caiu para 58,4 pontos, o de compras de
matérias-primas recuou para 56 pontos, o de número de empregados ficou em 50,8
pontos e o de quantidade exportada alcançou 55,4 pontos. Os indicadores variam
de zero a cem pontos. Quando estão acima de 50 pontos mostram empresários
otimistas.
O
indicador de intenção de investimento também recuou frente a março e ficou em
52,9 pontos em abril. Mesmo com a segunda queda consecutiva, o índice está 5,9
pontos acima do de abril de 2017. O indicador varia de zero a cem pontos.
Quando maior o índice, maior é a disposição dos empresários para investir.
Ainda
de acordo com a Sondagem Industrial, a elevada carga tributária, com 42,6% das
assinalações, foi o principal problema enfrentado pelas empresas no primeiro
trimestre. Em seguida, com 34,5%, aparece a falta de demanda interna e, em
terceiro lugar, com 23,1% das menções, aparece a falta ou o alto custo da
matéria-prima.
Esta
edição da Sondagem Industrial foi feita entre 2 e 12 de abril com 2.214
empresas. Dessas, 932 são pequenas, 778 são médias e 504 são de grande porte.
(ABr)
Terça-feira,
24 de abril, 2018 ás 11:00
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