A
ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Nancy Andrighi atendeu na
quarta-feira (11/4), solicitação da Procuradoria Geral da República (PGR) e
determinou que o inquérito que investiga o ex-governador de São Paulo Geraldo
Alckmin (PSDB) seja enviado à Justiça Eleitoral do estado.
A
investigação estava no STJ em razão da prerrogativa de foro que o ex-governador
detinha. Porém, com a saída do tucano do governo para disputar à Presidência da
República nas eleições de outubro, o privilégio chegou ao fim.
O
inquérito contra Alckmin foi aberto em novembro de 2017 após a delação de
executivos da Odebrecht, que dizem ter repassado R$ 10,3 milhões às campanhas
do tucano em 2010 e 2014 por meio de caixa dois. Os recursos teriam sido
entregues ao cunhado de Alckmin, Adhemar César Ribeiro.
Na
última sexta-feira, em outro desdobramento da Lava Jato, a Justiça Federal em
São Paulo ordenou a prisão do ex-diretor da Dersa (estatal de desenvolvimento
rodoviário) Paulo Vieira de Souza, nomeado por Alckmin em 2005. Paulo Preto,
como é conhecido, é acusado de desviar R$ 7,7 milhões da estatal entre 2009 e
2011.
Alckmin
diz desconhecer Paulo Preto e nega ter recebido caixa dois em campanhas.
Mais
cedo, questionado por jornalistas sobre o pedido da PGR, Alckmin disse que
ainda não havia sido informado e acrescentou: "A delação é de natureza
eleitoral e sem nenhuma procedência. Isso vai ficar claro, é só aguardar um
pouquinho”.
Quinta-feira,
12 de abril, 2018 ás 00:05
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