A
estimativa de instituições financeiras para a inflação este ano caiu pela sexta
vez seguida. De acordo com pesquisa do Banco Central (BC), divulgada todas as
segundas-feiras, em Brasília, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo
(IPCA) deve ficar em 3,89%. Na semana passada, a projeção estava em 4,94%.
Para
2019, a projeção da inflação passou de 4,12% para 4,11%. Não houve alteração na
estimativa para 2020: 4%. Para 2021, passou de 3,86% para 3,78%.
A
meta de inflação, que deve ser perseguida pelo BC, é 4,5% este ano. Essa meta
tem limite inferior de 3% e superior de 6%.
Para
2019, a meta é 4,25% com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%. Já para
2020, a meta é 4%, e, para 2021, 3,75%, com intervalo de tolerância de 1,5
ponto percentual para os dois anos (2,5% a 5,5% e 2,25% a 5,25%,
respectivamente).
Taxa básica de juros
Para
alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como instrumento a taxa básica
de juros, a Selic, atualmente em 6,5% ao ano.
Para
o mercado financeiro, a Selic deve permanecer em 6,5% ao ano na última reunião
de 2018 do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para os dias 11 e 12
deste mês.
Em
2019, a expectativa é de aumento da taxa básica, terminando o período em 7,75%
ao ano, a mesma previsão da semana passada. Para o término de 2020 e 2021, a
expectativa segue em 8% ao ano.
Quando
o Copom aumenta a Selic, a meta é conter a demanda aquecida, e isso causa
reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam
a poupança.
Quando
o Copom diminui a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com
incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação.
A
manutenção da taxa básica de juros, como prevê o mercado financeiro este ano,
indica que o Copom considera as alterações anteriores suficientes para chegar à
meta de inflação.
Crescimento econômico
As
instituições financeiras ajustaram a estimativa para o crescimento do Produto
Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, de
1,39% para 1,32% em 2018.
Para
o próximo ano, a estimativa de crescimento do PIB passou de 2,50 para 2,53%. Em
2020 e 2021, a estimativa segue em 2,50%.
Dólar
A
expectativa para a cotação do dólar subiu de R$ 3,70 para R$ 3,75, no fim deste
ano, e passou R$ 3,78 para R$ 3,80, no término de 2019. (ABr)
Segunda-feira,
03 de dezembro, 2018 ás 10:00
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