O
investimento público do Brasil ficou abaixo da média dos países emergentes e da
América Latina, nas duas últimas décadas. É o que conclui relatório com
avaliação da gestão do investimento público no Brasil, divulgado sexta-feira (30/11) pelo
Fundo Monetário Internacional (FMI).
No
período de 1995 a 2015, o investimento público no Brasil foi, em média, de 2%
do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços
produzidos no país. Já os países emergentes registraram 6,4% e os países da América
Latina, 5,5%.
Em
2015, o estoque de capital público era de apenas 35% do PIB, em comparação com
a média de 92% das economias emergentes e 86% da América Latina.
O
relatório ressalta que há uma grande margem para aumento da eficiência do
investimento público no Brasil. O hiato de eficiência do Brasil em relação aos
países mais eficientes é de 39%. Esse resultado é maior do que a média
observada nos demais países emergentes (27%) ou da América Latina (29%).
O
documento propõe um plano de ação que recomenda, entre outros pontos,
fortalecer a priorização estratégica do investimento público e desenvolver um
banco de projetos de alta qualidade; padronizar os procedimentos de avaliação e
seleção de projetos; e o aperfeiçoamento das análises e da estrutura dedicada
às concessões e parcerias público-privadas.
O
relatório é resultado de uma missão do FMI, solicitada pela Secretaria do
Tesouro Nacional, realizada ao longo do segundo semestre de 2017. Foram
avaliados 15 temas chaves, relacionados às fases de planejamento, alocação de
recursos e implementação de projetos. (ABr)
Sábado,
1º de dezembro, 2018 ás 00:05
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