O
Brasil terá que discutir valorização da carreira dos professores, segundo a
secretária de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC), Kátia Smole.
“Precisa ser bom ser professor em todos os sentidos”, afirmou a secretária a
jornalistas após a apresentação da Base Nacional Comum da Formação de
Professores da Educação Básica.
A
Base Nacional Comum será entregue sexta-feira (14/12) ao Conselho Nacional de
Educação (CNE), onde será analisada. Ela vai orientar a formação de professores
em licenciaturas e cursos de pedagogia em todas as faculdades, universidades e
instituições públicas e particulares de ensino do país.
A
proposta define ainda dez competências gerais que serão trabalhadas nos cursos
de pedagogia e em licenciaturas. Elas são semelhantes às competências previstas
nas bases nacionais comuns curriculares (BNCC), já aprovadas, que preveem o que
deve ser ensinado nas escolas.
O
documento traz também uma sugestão de progressão de carreira. “Essa [a
valorização docente] é uma discussão que o Brasil vai ter que fazer. A gente
está começando a trazer isso pelo viés da formação e nós esperamos que seja uma
valorização, inclusive social, que seja discutida ao longo dos próximos anos”,
diz Kátia.
De
acordo com o texto, os professores irão progredir de acordo com o
desenvolvimento de determinadas competências e habilidades. Haverá quatro
níveis de proficiência: inicial, para o formado na graduação; probatório, para
os novatos; altamente eficiente, para quem está em nível avançado na carreira e
deverá demonstrar habilidades complexas; e o líder, que estará no nível mais
alto e terá responsabilidades e compromissos mais amplos.
Indução de políticas
A
proposta para plano de carreira deverá, segundo o MEC, ser discutida ainda com
as entidades representativas dos estados e municípios. Apesar de a maior parte
dos professores da educação básica estar vinculado a estados e municípios,
Kátia diz que o MEC pode “induzir políticas” para a valorização dos
professores.
Perguntada
sobre a continuidade dessa discussão no governo de Jair Bolsonaro, Kátia diz
que não pode responder pela próxima gestão do MEC. “A equipe de transição está
no MEC e estamos compartilhando com eles todas as políticas que estão em
desenvolvimento e as que estamos deixando para discussão. Indicamos que
entregamos a Base para a formação de professores ao CNE. A responsabilidade
passa a ser do CNE”, diz.
A
Base Nacional Comum também define as competências que devem ser aprendidas por
todos os professores do Brasil. Além das dez competências gerais, o documento
aponta quatro competências específicas que deverão ser desenvolvidas em cada
uma das seguintes três dimensões: conhecimento profissional, prática
profissional e engajamento profissional. (ABr)
Sexta-feira,
14 de dezembro, 2018 ás 00:05
Nenhum comentário:
Postar um comentário