O
caixa do governo central, que reúne as contas do Tesouro Nacional, Previdência
Social e Banco Central, registrou déficit primário de 16,422 bilhões de reais
em junho. O valor negativo significa que as despesas do governo superaram as
receitas com impostos e contribuições, desconsiderando gastos com juros da
dívida pública.
O
resultado sucede o superávit de 11,020 bilhões de reais de maio e é o segundo
pior valor para o mês desde o início da série histórica, em 1997. Em junho de
2017, o resultado havia sido negativo em 19,844 bilhões de reais.
No
primeiro semestre, o resultado primário foi de déficit de 32,867 bilhões de reais,
o melhor resultado desde 2015, porém o terceiro pior da série para o período.
Nos seis primeiros meses do ano passado, o resultado foi negativo em 56,479
bilhões de reais.
Em
12 meses, o governo central apresenta um déficit de 103,2 bilhões de reais —
equivalente a 1,5% do PIB (Produto Interno Bruto). Para este ano, a meta fiscal
admite um déficit de até 159 bilhões de reais nas contas do governo central.
As
contas do Tesouro Nacional — incluindo o Banco Central — registraram déficit
primário de 1,909 bilhão de reais em junho. Em 2018, até o momento, o superávit
primário acumulado nessas contas chega a 57,954 bilhões de reais.
As
contas apenas do Banco Central tiveram déficit de 22 milhões de reais em junho
e de 343 milhões de reais no acumulado do ano até o mês passado.
Já
o resultado do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) foi de déficit de
14,513 bilhões reais no mês passado. No primeiro semestre, o resultado foi
negativo em R$ 90,821 bilhões.
Receitas
O
resultado de junho representa alta real de 6,5% nas receitas em relação a igual
mês do ano passado. Já as despesas tiveram aumento de 2,2%.
No
acumulado do ano até junho, as receitas do governo central recuaram 0,5% ante
igual período de 2017, enquanto as despesas caíram 5,3% na mesma base de
comparação.
Investimentos
Os
investimentos do governo federal subiram para 21,266 bilhões de reais nos
primeiros seis meses de 2018. Desse total, 12,803 bilhões de reais são de
restos a pagar, despesas de exercícios anteriores que foram transferidas para
este ano. De janeiro a junho do ano passado, os investimentos totais haviam
somado 16,927 bilhões de reais.
Os
investimentos no PAC (Programa de Aceleração Econômica) somaram 1,866 bilhão de
reais no mês passado, queda real de 22,7% ante junho de 2017. Já no acumulado
do ano, as despesas com o PAC somaram 9,183 bilhões de reais, recuo de 13,8%
ante igual período de 2017, já descontada a inflação.
Por
Estadão Conteúdo
Sexta-feira,
27 de julho, 2018 ás 18:00
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