A
projeção de instituições financeiras para a inflação voltou a cair. A
estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu de
4,15% para 4,11%, segundo a pesquisa Focus, publicação elaborada todas as
semanas pelo Banco Central (BC), com projeções de instituições financeiras para
os principais indicadores econômicos. Essa é a segunda redução consecutiva.
Para
as instituições financeiras, o IPCA em 2019 será 4,10%, mesma estimativa de há
cinco semanas, e 4% em 2020. Para 2021, a projeção caiu de 4% para 3,95%.
Essas
estimativas estão abaixo do centro da meta que deve ser perseguida pelo BC para
este ano e 2019. Em 2018, o centro da meta é 4,5%, com limite inferior de 3% e
superior de 6%. Para 2019, a previsão é 4,25%, com intervalo de tolerância
entre 2,75% e 5,75%. Para 2020, a meta é 4% e 2021, 3,75%, com intervalo de
tolerância de 1,5 ponto percentual para os dois anos (2,5% a 5,5% e 2,25% a
5,25%, respectivamente).
Para
alcançar a meta de inflação, o BC usa como instrumento a taxa básica de juros,
a Selic, atualmente 6,5% ao ano.
Para
as instituições financeiras, a Selic deve permanecer em 6,5% ao ano até o final
de 2018. Para 2019, a expectativa é aumento da taxa básica, terminando o
período em 8% ao ano.
Quando
o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa
reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam
a poupança.
Quando
o Copom diminui os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais
barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação.
A
manutenção da Selic, como prevê o mercado financeiro neste ano, indica que o
Copom considera as alterações anteriores suficientes para chegar à meta de
inflação.
Atividade econômica
A
projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os
bens e serviços produzidos no país – foi mantida em 1,50%, neste ano. Para
2019, a estimativa segue em 2,50%. As instituições financeiras também projetam
crescimento de 2,50% do PIB em 2020 e 2021.
A
previsão do mercado financeiro para a cotação do dólar permanece em R$ 3,70 no
final deste ano. Para o fim de 2019, passou de R$ 3,68 para R$ 3,70. (ABr)
Segunda-feira,
23 de julho, 2018 ás 11:00
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