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sábado, 30 de junho de 2018

Gigante suíça de distribuição de combustíveis compra rede de postos Ale


O mercado brasileiro de distribuição de combustíveis atraiu a gigante suíça Glencore, que fechou a compra de 78% das ações da distribuidora Alesat, que detém a rede de postos de combustíveis Ale, quarta maior empresa do setor.

O Brasil virou o paraíso das distribuidoras, que, muito influentes junto a órgãos públicos, parecem tacitamente autorizadas a atuar cartelizadas e até mesmo como atravessadores. Graças ao lobby dessas empresas, durante décadas os produtores ficaram proibidos de vender o etanol aos postos, por isso as distribuidores/atravessadores se capitalizaram muito, ditando preços. Essa situação começa a mudar, com projeto já aprovado no Senado e pendente de votação na Câmara, autorizando a venda direta. Também está em vigor decisão da Justiça Federal, em caráter liminar, autorizando os produtores a venderem etanol diretamente aos postos. A tendência é de redução do preço final para os consumidores.

Um dos fundadores da Ale, Marcelo Alecrim, continuará na gestão da empresa. Ele permanecerá com 22% da companhia e assumirá a posição de presidente do conselho de administração. O valor do negócio não foi divulgado.

É a primeira grande operação envolvendo uma empresa estrangeira no mercado brasileiro de distribuição desde o final dos anos 1999, que marcou a chegada ao país de grupos como a argentina YPF (hoje Repsol) e a italiana Agip.
Depois, o Brasil viu a saída de algumas multinacionais, como as duas citadas e a gigante mundial Exxon, que operava no país com a bandeira Esso. Hoje, o mercado é controlado por BR Distribuidora, a parceria Shell/Cosan e Ultra, que opera com a marca Ipiranga.

A Glencore tem operações no comércio internacional de combustíveis e vê a rede da Ale como oportunidade para trazer produtos do exterior ao Brasil.

“O investimento proporcionará à Glencore uma plataforma sólida para aproveitar as significativas oportunidades de crescimento no setor, sendo que a maior parte do aumento da demanda deverá ser suprido por importações”, disse a empresa em nota.

Com uma rede de cerca de 1.500 postos, a Ale foi responsável em 2017 por 4,3% das vendas de combustíveis no país, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP).


Sexta-feira, 29 de junho, 2018 ás 18:00

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