O
presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal
Federal (STF), Luiz Fux, informou e que 20 dos 35 partidos políticos já
assinaram acordo de não-proliferação de notícias falsas. O ministro fez
palestra sexta-feira (29/6) na capital paulista durante evento da Associação
Brasileira de Franchising (ABF).
Segundo
Fux, um dos assuntos que mais preocupa nas próximas eleições é o enfrentamento
das notícias falsas, pois podem gerar dano irreparável ao candidato. “As fake
news violam os princípios de uma eleição democrática, de que deve haver
igualdade de direitos”, afirmou.
Além
dos partidos políticos, o ministro disse que as fontes primárias de informação
(jornais, rádios e televisões) assinaram o mesmo protocolo.
Ontem
(28), Facebook e Google também se comprometeram em retirar notícias falsas, tão
logo sejam publicadas. Fux não informou como serão essas ações, pois fazem
parte de estratégia sigilosa da área de inteligência.
O
ministro voltou a defender que o problema das notícias falsas em uma eleição é
tão grave, que o resultado de eleições ganhas com ajuda de fake news devem ser
anuladas. Segundo ele, o combate será intenso. “Vamos fazer uma campanha
didática no sentido de recomendar ao cidadão que não leia só a notícia, que
veja o contexto e uma faça checagem [antes de compartilhar]”, disse.
Ficha limpa
Outro
assunto abordado pelo ministro foi a inscrição, nas próximas eleições, de
políticos condenados em decisão de segunda instância. Sem mencionar nomes, o
ministro defendeu que as pessoas condenadas na segunda instância sejam
consideradas inelegíveis.
Para
Fux, o candidato sub judice, ou seja, que aguarda decisão judicial, ainda não
tem a sua situação de elegibilidade definida – diferente daquele condenado em
segunda instância. “Uma das grandes preocupações é uma aplicação enérgica da
Lei da Ficha Limpa, que é fruto de um dos valores mais caros que é a
democracia”, ressaltou. (ABr)
Sexta-feira,
29 de junho, 2018 ás 19:00
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