Os
professores da rede pública de ensino ganham em média 25% menos que
profissionais de outras áreas, de acordo com o relatório do 2º Ciclo de
Monitoramento das Metas do Plano Nacional de Educação (PNE).
De
acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio
Teixeira (Inep), a porcentagem do salário médio bruto mensal dos professores de
escolas públicas subiu de 65,2% para 74,8% desde 2002.
O
resultado, no entanto, não é interamente positivo, já que só foi possível
porque o salário dos demais profissionais teve perda real de 11,1% entre 2012 e
2017. Neste período, o acréscimo no rendimento médio dos professores foi de
apenas 2%, o qual o relátorio classifica como “modesto avanço”.
A
meta do PNE, sancionado em 2014, é de que até 2020 ocorra a equiparação entre o
rendimento médio de professores de ensino superior com os demais profissionais
de formação equivalente.
Rendimento por região
Pelo
relatório, os salários brutos mais altos para professores de escolas públicas
no ano passado estão no Distrito Federal, com R$ 6.661,07, e em Roraima, com
média de R$ 4.743,04. Já os menores foram observados no Ceará (R$ 2.555,37) e
em Alagoas (R$ 2.754,91).
O
piso dos professores em 2017 foi de R$ 2.135,64; neste ano, é de R$ 2.298,90 —
representando um aumento de apenas R$ 163,26. O piso é pago para profissionais
em início de carreira, com formação de nível médio e carga horária de 40 horas
semanais.
Investimento
Também
de acordo com o relatório divulgado pelo Inep, o investimento público em
educação caiu de cerca de 6% do Produto Interno Bruto (PIB) para 5,5% do PIB
entre 2014 e 2015. Considerando apenas os gastos públicos com educação pública,
o investimento foi de apenas 5% do PIB. A meta do PNE é que até 2024 o
investimento seja equivalente a pelo menos 10% do PIB.
PNE
O
Plano Nacional de Educação, sancionado em 2014, estabelece metas e estratégias
para melhorar a educação do Brasil desde o ensino infantil até a pós-gradução e
deve ser cumprido até 2024. Durante esses dez anos, estão previstos
dispositivos intermediários que viabilizam a execução da lei.
Uma
das metas do PNE é a de que até 2020 ocorra a equiparação entre o rendimento
médio de professores de ensino superior com os demais profissionais de formação
equivalente.
Outro
objetivo é de que todos os professores tenham a formação adequada a área que
lecionam até 2024. Muitos professores não são formados na área em que lecionam,
aponta o relatório divulgado pelo Inep nesta quinta (7). Em 2016, na educação
infantil, 53,4% não tinham formação superior adequada à área que atuam. No
ensino fundamental, o percentual chegava a 49,1% nos anos finais, do 6º ao 9º
ano e 41% nos anos iniciais, do 1º ao 5º ano. No ensino médio, 39,6% não tinham
formação adequada. (ABr)
Quinta-feira,
07 de junho, 2018 ás 18:00
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