O
Ministério do Trabalho suspendeu as “análises, publicações de pedidos,
publicações de deferimento e cancelamentos” de registros sindicais por 30 dias,
conforme publicado no Diário Oficial da União desta sexta (1º).
O
secretário de Relações do Trabalho, Eduardo Anastasi, determinou que sejam
levantadas as informações sobre todos os processos de concessão ou cancelamento
de registros sindicais na pasta, em um prazo de dez dias. As cartas sindicais
emitidas ou recusadas nos últimos 30 dias também serão analisadas.
Nesta
quarta (30), a Polícia Federal deflagrou a Operação Registro Espúrio, com o
objetivo de desarticular uma organização criminosa suspeita de fraudar a
concessão de registros sindicais junto ao Ministério do Trabalho.
Os
gabinetes dos deputados Paulinho da Força (Solidariedade-SP), Jovair Arantes
(PTB-GO) e Wilson Filho (PTB-PB), na Câmara dos Deputados, são alvos da Polícia
Federal. A PF esteve ainda em sedes nacionais do PTB e do Solidariedade e de
centrais sindicais.
A
operação desta quarta é a terceira que mira a venda de registros sindicais
envolvendo servidores da pasta. No governo Dilma, foram duas operações,
envolvendo políticos ou prepostos do PDT no ministério. Apesar dos personagens
e dos partidos serem outros, o negócio é o mesmo de sempre.
Segundo
as investigações que levaram à “Registro Espúrio”, a ordem de chegada dos
pedidos para registro de entidade sindicais não era respeitada; a prioridade ia
para pedidos intermediados por políticos. Além disso, o registro era obtido por
meio de pagamento de vantagens indevidas. Dessa vez, o “loteamento” de cargos
no Ministério do Trabalho acontecia entre os partidos PTB e Solidariedade,
aponta a Polícia Federal.
A
operação desta quarta foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal
(STF) Edson Fachin, que negou o pedido de prisão dos parlamentares que são
alvos da PF. Os investigados — que incluem servidores públicos, lobistas,
advogados, dirigentes de centrais sindicais e parlamentares — devem responder
pelos crimes de organização criminosa, corrupção passiva e ativa e lavagem de
dinheiro. (ABr)
Sexta-feira,
1º de junho, 2018 ás 11:00
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