No
começo da tarde de sexta-feira (25/5), o presidente Michel Temer anunciou a
autorização do uso de forças federais para desbloquear as rodovias que ainda
estão bloqueadas, mesmo após o acordo feito entre caminhoneiros e o governo
federal. A decisão foi tomada após reunião no Gabinete de Segurança Institucional
(GSI). "Não vamos permitir que a população fique sem gêneros de primeira
necessidade. Não vamos permitir que os hospitais fiquem sem insumos para salvar
vidas. Não vamos permitir que crianças sejam prejudicadas pelo fechamento de
escolas. Como não vamos permitir que produtores tenham seu trabalho mais
afetado", afirmou Temer.
Temer
anunciou, em pronunciamento no Palácio do Planalto, a criação de um plano de
segurança imediato "para acionar as forças federais de segurança para
desbloquear as estradas e estou solicitando aos governadores que façam o mesmo.
Não vamos permitir que a população fique sem os gêneros de primeira
necessidade, que os hospitais fiquem sem insumos para salvar vidas e crianças
fiquem sem escolas. Quem bloqueia estradas de maneira radical será
responsabilizado. O governo tem, como tem sempre, a coragem de dialogar; agora
terá coragem de usar sua autoridade em defesa do povo brasileiro."
Na
noite desta quinta-feira (24), os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, da
Fazenda, Eduardo Guardia e Carlos Marun da Secretaria de Governo anunciaram que
houve um acordo com os caminhoneiros para a suspensão das paralisações durante
15 dias. O presidente disse que apenas uma "minoria radical" está
impedindo que muitos caminhoneiros cumpram o acordo, já que segundo ele, o
governo atendeu às principais demandas da categoria. "O acordo está
assinado e cumpri-lo é naturalmente a melhor alternativa. O governo espera e
confia que cada caminhoneiro cumpra seu papel."
Entretanto,
mesmo após o acordo, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que nesta
sexta, ainda não registra desmobilização de pontos de manifestação de
caminhoneiros nas rodovias do país.
O
entreve se dá porque, não foi unânime a decisão de suspender os desbloqueios,
das 11 entidades do setor, em sua maioria caminhoneiros, que participaram do
encontro, duas delas, a União Nacional dos Caminhoneiros (Unicam) e a
Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), que representa 700 mil
trabalhadores, não aceitaram a proposta.
Hoje
a Abcam divulgou nota na qual afirma que, ao contrário de outras entidades,
"que se dizem representantes da categoria, ela "não trairá os
caminhoneiros". "Continuaremos firmes com pedido inicial: isenção da
alíquota PIS/Cofins sobre o diesel, publicada no Diário Oficial da União".
Sexta-feira,
25 de maio, 2018 ás 18:00
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