A
primeira recomendação do estrategista político Jaime Durán Barba aos candidatos
com quem trabalha é não mentir. Segundo o especialista, que levou Mauricio
Macri à presidência da Argentina em 2015, as mentiras são facilmente
descobertas na era da internet. “Eu creio que as mentiras não servem para
grande coisa. Mentiras sempre existiram na política”, diz ele. “Isso tira a
credibilidade do candidato, que é sua principal arma”, afirmou Durán durante a
entrevista conduzida pela redatora-chefe de VEJA Thaís Oyama.
Sobre
o trabalho da Cambridge Analytica, empresa responsável por propagandas
eleitorais e acusada, recentemente, de usar dados de milhares de usuários do
Facebook para interferir nas eleições dos Estados Unidos, Durán Barba
reconheceu a importância das informações que podem chegar até os estrategistas
de campanha. “Todo esse tipo de pesquisa permite analisar o comportamento do
eleitor e decidir por uma mensagem que ele possa entender.”
Durán
Barba evitou falar sobre o cenário brasileiro, que classificou como
imprevisível, e também sobre com qual candidato brasileiro gostaria de
trabalhar. “Tenho que saber quantos porcentos dos votos de Lula podem ser
transferidos. Bolsonaro tem uma porcentagem decidida de votos, mas nós
analisamos quem nunca votaria nele”, disse.
(VEJA)
Sexta-feira,
11 de maio, 2018 ás 00:05
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